O governador Roberto Requião (PMDB) afirmou na segunda-feira que o governo estadual pode ter que fechar o Hospital da Polícia Militar, desativar o SAS (Sistema de Assistência à Saúde) e de não reabrir o Ipe (Instituto de Previdência do Estado).
Requião disse que essas medidas podem ser tomadas caso o Ministério Público não considere como investimentos em saúde as aplicações em saneamento e na distribuição de leite para as crianças subnutridas.
Segundo o governador, ao questionarem tais investimentos como despesa com saúde pública, o Ministério Público e os deputados Paulo Bernardo (PT), André Vargas (PT) e Luciano Ducci (PSB) estão favorecendo a medicina privada, os convênios e os laboratórios. Os três deputados acionaram o MP argumentando que o governo está investindo menos do que o obrigatório por lei na área.
"Se for decisão da justiça que as verbas em saneamento não sejam consideradas como gastos em saúde, não teremos outra solução que não a de adiar a reabertura do Ipe - tão sonhada pelo funcionalismo público, abortar todo o processo de adequação e fecharmos novamente o Hospital da Polícia Militar além de desmantelar o SAS", afirmou o governador.