Atenção!
A Colônia Penal Agrícola, em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba), foi multada ontem pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em R$ 5 mil, por não retirar do local uma criação de 400 porcos, que está contaminando a represa do Iraí - responsável pelo abastecimento de água de 70% da população da Grande Curitiba. A Colônia foi notificada em agosto, com prazo para retirar os animais até anteontem. Técnicos do IAP garantem que não há condições ambientais para a criação de suínos no local. Ainda assim, a direção da Colônia insiste em manter os animais.
Além da multa, o IAP concedeu novo prazo para a solução do problema. "Se continuar, vamos continuar multando por reincidência", afirmou o secretário Estadual do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto, lembrando que os autos de infração serão também encaminhados ao Ministério Público do Meio Ambiente para as medidas cabíveis.
Diretores da Colônia Penal Agrícola não quiseram comentar o assunto. Mas o coordenador do Departamento Penitenciário do Estado (Depen), Pedro Marcondes, confirmou que a criação continua no mesmo local. Segundo ele, técnicos da Colônia Penal estudam um projeto que permita continuar a atividade em outra área do terreno. Ele alega que a suinocultura é importante para dar trabalho aos detentos e, também, como fonte de alimentação.
Segundo a engenheira química Ana Cecília Nowacki, da Diretoria de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, os 400 porcos produzem dejetos equivalentes a uma população de 4 mil pessoas. "É como se fosse lançado em um ponto da represa o esgoto de uma comunidade com 4 mil pessoas", disse. A situação é ainda mais grave, uma vez que os dejetos produzidos pelos suínos são ricos em nitrogênio e fósforo, os dois principais nutrientes que favorecem a proliferação das algas - responsável pelo mau cheiro e gosto ruim da água nos últimos meses.
Ana Cecília afirma, ainda, que não adianta simplesmente mudar os animais do local. O problema é que a Colônia foi construída dentro de Área de Preservação Ambiental (APA), ou seja, de bacias hidrográficas, que devem ser preservadas. Nem mesmo o tratamento dos resíduos orgânicos, segundo ela, resolve o problema, uma vez que o nitrogênio não é eliminado e vai contaminar os rios.
O fim das atividades de suinocultura na bacia do Iraí foi determinado em julho do ano passado pela a Câmara Técnica do Iraí (órgão de gestão da APA Iraí). Dois grandes criatórios foram interditados e a Fazenda Modelo da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) também está parando de criar porcos.
Além da multa, o IAP concedeu novo prazo para a solução do problema. "Se continuar, vamos continuar multando por reincidência", afirmou o secretário Estadual do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto, lembrando que os autos de infração serão também encaminhados ao Ministério Público do Meio Ambiente para as medidas cabíveis.
Diretores da Colônia Penal Agrícola não quiseram comentar o assunto. Mas o coordenador do Departamento Penitenciário do Estado (Depen), Pedro Marcondes, confirmou que a criação continua no mesmo local. Segundo ele, técnicos da Colônia Penal estudam um projeto que permita continuar a atividade em outra área do terreno. Ele alega que a suinocultura é importante para dar trabalho aos detentos e, também, como fonte de alimentação.
Segundo a engenheira química Ana Cecília Nowacki, da Diretoria de Estudos e Padrões Ambientais do IAP, os 400 porcos produzem dejetos equivalentes a uma população de 4 mil pessoas. "É como se fosse lançado em um ponto da represa o esgoto de uma comunidade com 4 mil pessoas", disse. A situação é ainda mais grave, uma vez que os dejetos produzidos pelos suínos são ricos em nitrogênio e fósforo, os dois principais nutrientes que favorecem a proliferação das algas - responsável pelo mau cheiro e gosto ruim da água nos últimos meses.
Ana Cecília afirma, ainda, que não adianta simplesmente mudar os animais do local. O problema é que a Colônia foi construída dentro de Área de Preservação Ambiental (APA), ou seja, de bacias hidrográficas, que devem ser preservadas. Nem mesmo o tratamento dos resíduos orgânicos, segundo ela, resolve o problema, uma vez que o nitrogênio não é eliminado e vai contaminar os rios.
O fim das atividades de suinocultura na bacia do Iraí foi determinado em julho do ano passado pela a Câmara Técnica do Iraí (órgão de gestão da APA Iraí). Dois grandes criatórios foram interditados e a Fazenda Modelo da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) também está parando de criar porcos.