Paraná

Repar não vê nexo entre multa bilionária e desastre ecológico

15 jan 2001 às 18:17

O gerente geral da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Rubens Novicki, disse nesta segunda-feira que não há "nexo nenhum entre o dano causado" pelo vazamento de 4 milhões de litros de óleo cru da unidade, em julho do ano passado, e a indenização de R$ 2,33 bilhões pedida pelo Ministério Público Federal e Estadual, em ação que deu entrada na Justiça Federal na semana passada. "É uma indenização sem precedentes e sem qualquer parâmetro de comparação no mundo", afirmou Novicki.

Segundo ele, que exerce o mais alto cargo na refinaria, a Petrobras já aplicou R$ 79 milhões na recuperação dos danos ambientais provocados pelo acidente e vai destinar outros R$ 19 milhões para que o governo paranaense invista em programas de despoluição de toda a bacia do Rio Iguaçu, que corta o Estado no sentido leste-oeste. O vazamento atingiu 44 quilômetros dos rios Barigui e Iguaçu.


Até esta segunda-feira, a Repar não havia sido notificada pela Justiça Federal para apresentar defesa na ação de indenização. Por isso, Novicki evitou fazer comentários sobre as conclusões do laudo de peritos contratados pelo Ministério Público para avaliar as causas do vazamento. Eles concluíram que uma série de erros da Petrobras contribuiu para o acidente e o agravamento de suas consequências. Essa perícia foi a principal base do pedido de indenização bilionária.

Leia mais em reportagem de Valmir Denardin, na Folha do Paraná desta terça-feira


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