Paraná

Reitor é recebido com protesto

08 jun 2001 às 11:05

Os acadêmicos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) realizaram ontem, no campus de Cascavel, um ato público para protestar contra o cancelamento da assembléia geral da instituição que estava marcada para o campus de Marechal Cândido Rondon. A revogação da assembléia ocorreu devido a posse do novo reitor da instituição, Wilson Luiz Iscuissati, que afirmou não ter conhecimento da real situação da universidade. Ele foi nomeado na terça-feira após o afastamento por 30 dias da reitora Liana Fuga.

O reitor chegou ao campus por volta das 12h30, e encontrou mais de 300 pessoas, entre acadêmicos, professores e funcionários, que o esperavam para solicitar a marcação de uma nova assembléia. Após breve reunião com representantes dos campi de Cascavel, Toledo e Francisco Beltrão, ele decidiu marcar uma nova assembléia para o próximo dia 21, dessa vez, no campus de Toledo.


Iscuissati acredita que até a data da assembléia já estará com todas informações a respeito da universidade, principalmente em relação à prestação de contas do último vestibular que gerou acusações contra Liana Fuga. O reitor em exercício disse que pretende convocar todos os diretores dos cinco campi da Unioeste para uma reunião, a fim de conhecer detalhes sobre as deficiências existentes.


O novo reitor da Unioeste disse que o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ramiro Wahrhafitg, demonstrou bastante preocupação com a atual situção da universidade, pois, segundo ele, "os problemas administrativos têm prejudicado a imagem da instituição".


O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) de Cascavel, Darci Rocha, reclamou do cancelamento da assembléia geral e afirmou que mais de 8 mil acadêmicos aguardavam há muito tempo por esse momento. Ele completou que na primeira reunião com o reitor pediram transparência e austeridade na administração da Unioeste.

Darci Rocha afirma que o afastamento de Liana Fuga foi importante para não atrapalhar as investigações de fraude no concurso público para agente administrativo no campus de Francisco Beltrão, da qual a reitora é acusada de participação. Ele acrescenta que os quatro funcionários da instituição que são acusados de terem sido beneficiados, também deveriam ser afastados de suas funções.


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