O inverno começou no último dia 21 e, com ele, aumenta a incidência de acidentes nas estradas por conta da forte neblina e chuvas. O nevoeiro, por exemplo, é um fenômeno climático que pode ter influência negativa nas rodovias, principalmente, nas áreas de baixadas, nos pontos de maior altitude e proximidades de rios e lagos. Nos locais onde isso ocorre, dependendo da intensidade, pode comprometer a visibilidade dos motoristas.
Na região de Londrina, por exemplo, há três trechos críticos nos quais os motoristas devem redobrar a atenção. São eles: BR-369 – entre os quilômetros 191 e 195 (Arapongas à Apucarana); PR-444 – entre os quilômetros 1 e 6 (Arapongas); e PR-986 – entre os quilômetros 4 e 7 (Rolândia). De acordo com a Viapar, outros trechos do Centro-Oeste e Noroeste do Paraná também merecem destaque: BR-369 – entre os quilômetros 358 ao 360 / 370 ao 372 / 384 ao 387 / 401 ao 403 /436 ao 444 / 459 ao 464 (Campo Mourão à Ubiratã); BR-369 – entre os quilômetros 464 ao 477 / 514 ao 524 (Ubiratã à Corbélia); PR-444 – entre os quilômetros 39 e 33 (Mandaguari); BR-376 – entre os quilômetros 102 ao 107 / 117 ao 124 / 147 ao 149 (Paranavaí à Maringá); BR-376 – quilômetro 186 (Sarandi); BR 376 – entre os quilômetros 213 ao 230 ( Mandaguari à Apucarana); PR-317 – entre os quilômetros 127 ao 132 / 154 ao 155 (Floresta a Engenheiro Beltrão); PR 317 – entre os quilômetros 106 ao 108 / 114 ao 127( Maringá à Floresta).
A incidência é mais comum da meia noite às onze horas da manhã, com maior intensidade entre 6 e 8 horas. De acordo com o coordenador da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM), doutor em Geociências, Hélio Silveira, o nevoeiro nada mais é que uma nuvem com a base em contato com o solo ou bem proxima dele. "As condições mais favoráveis para a formação do nevoeiro são ventos fracos e baixas temperaturas. Se o solo estiver úmido, a ocorrência tende a ser ainda maior", explicou. "Nevoeiro é a condensação do estado de vapor ao líquido. Próximo a lagos e rios ocorre porque a água demora bastante tempo para perder a temperatura adquirida durante o dia. Ao entrar em contato com a massa de ar frio, provoca esse fenômeno climático".
Nos pontos de pouca visibilidade os riscos de acidente aumentam. A recomendação é redobrar a atenção e os cuidados. Os usuários devem reduzir a velocidade ao primeiro sinal de nevoeiro e manter distância em relação ao veículo da frente, sem esquecer de acender os faróis mesmo durante o dia, trafegar com luz baixa e manter em dia o sistema de ventilação dos veículos. "Além disso, é importante não parar o carro no acostamento ou pista de rolamento, não ligar o pisca alerta com o automóvel em movimento, usar a pintura da faixa como referência e nunca realizar ultrapassagem em segmentos de pouca visibilidade", orientou o supervisor do Centro de Controle e Operações (CCO) da empresa, Gesivaldo Amâncio Primo.
Os condutores devem ainda ficar atentos aos sinais sonoros externos que possam indicar uma situação atípica à frente como buzinas, sirenes e sons de colisão. Por conta disso é importante trafegar com a janela aberta parcialmente. Os motoristas também devem evitar o uso de aparelhos que possam tirar a atenção. Apesar de todas essas recomendações, caso julgue não ter condições de visibilidade para prosseguir com a viagem, o responsável deve parar em locais seguros como postos de combustíveis ou nos SAUs (Serviço de Atendimento ao Usuário) da VIAPAR.