Paraná

Receitas globais de wireless se multiplicarão

06 abr 2001 às 11:54

A Jupiter Media Metrix, empresa que realiza inteligência de mercado, anuncia que o faturamento de publicidade, comércio e assinaturas no segmento de telefones celulares chegará a 7,5 bilhões de dólares até 2003, com os Estados Unidos representando apenas 0,7 bilhões de dólares ou menos de 10% desse total.

A Ásia liderará o mercado com aproximadamente 66% do total ou cinco bilhões dólares, enquanto a Europa Ocidental representará 1,7 bilhão de dólares. Segundo os analistas da Jupiter, quase todos os provedores de conteúdo para celulares nos Estados Unidos terão a curto prazo um retorno sobre o investimento (ROI) negativo, pois não têm uma fonte direta de receita vinda de assinaturas ou de compartilhamento de receitas baseado em minutos.


"A despeito da crescente audiência wireless, os Estados Unidos oferecem muito pouco em termos de receita para os provedores de conteúdo para celulares. Embora as aumentem seu faturamento com o uso cada vez mais disseminado da Internet Móvel, as concessionárias ainda não conseguiram desenvolver um modelo de receita viável para os provedores de conteúdo", disse Dylan Brooks, analista da Jupiter.


"Os provedores de conteúdo para telefones celulares devem pensar em termos de investimento a longo prazo e não de retorno a curto prazo, pois a receita gerada pelos telefones celulares continuará extremamente limitada no futuro previsível."


Segundo a Jupiter, os 136 milhões de internautas por celular da Ásia gerarão uma receita de cinco bilhões de dólares até 2003, uma média de 37 dólares por usuário ativo. De acordo com os analistas da Jupiter, os consumidores asiáticos terão em média mais anos de experiência na Wireless Web do que os norte-americanos ou europeus, o que leva a um maior tempo de uso, a um maior volume de transações e a uma familiaridade com uma gama mais ampla de serviços.



Os analistas da Jupiter prevêem também que os provedores norte-americanos de conteúdo para telefones celulares que não se licenciarem ou distribuírem conteúdo às concessionárias terão despesas dezena de milhões de dólares mais volumosas do que as suas receitas nos próximos dois anos. As empresas que desejam se lançar como provedores de conteúdo wireless devem economizar seu dinheiro e desenvolver apenas uma presença moderada no segmento de telefones celulares até 2003.



Outra conclusão interessante é que mbora a Europa seja mais avançada do que os Estados Unidos em termos de penetração no segmento wireless e uso de mensagens de texto, os europeus, de modo geral, rejeitaram as primeiras versões do protocolo de acesso wireless, WAP, que possibilita a leitura de e-mail, negociação de ações ou compra de ingressos para o cinema via telefone celular. Os analistas da Jupiter esperam uma maior adoção de versões WAP futuras e dos novos serviços i-mode, com receitas provenientes de publicidade, comércio e assinaturas crescendo dos 100 milhões de dólares este ano para aproximadamente oito bilhões de dólares em 2005.


"A participação dominante da Ásia será impulsionada pela liderança do Japão em sistemas de pagamento e tecnologia wireless", acrescenta Nina Young, analista da Jupiter. "A combinação da DoCoMo de rede baseada em pacotes e cobrança baseada em concessionária em seu serviço i-mode criou uma experiência eficaz e com bom custo/benefício para o usuário, estimulando o uso e aumentando os fluxos de receita, tanto para a concessionária quanto para seus parceiros de conteúdo."


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