A qualidade do ar respirado em Ponta Grossa será monitorada a partir desta segunda-feira. O trabalho será feito pelo projeto batizado de "ProAr", desenvolvido pelo Colégio Marista Pio XII, em um convênio com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Dois pontos da cidade receberão estações de coleta de dados e, diariamente, professores e alunos do Marista farão a análise e interpretação dos dados.
As estações de captação são formadas por kits, adquiridos junto à agência espacial americana, a Nasa. Cada um custa cerca de R$ 160,00 e tem vida útil de apenas 30 dias. Por isso o monitoramento será feito somente no mês de agosto.
Uma das professoras coordenadoras do programa, Juliane Nadal Dias Swiech, explica que o mês de agosto foi escolhido por ser mais seco, o que agrava o efeito da poluição atmosférica no ser humano. Os pontos de coleta também foram selecionados. Um dos equipamentos ficará no próprio colégio, que se localiza em uma área verde, num bairro menos movimentado, na zona norte da cidade. O outro ficará em Oficinas, bairro da zona sul que, segundo a professora, recebe a maior parte dos resíduos industriais soltos na cidade e fica próximo a um dos mais importantes corredores de circulação de veículos da cidade, o que compromete ainda mais a qualidade do ar.
Os kits serão acionados às 8h30 de segunda-feira e recolhidos às 16h30, quando será feita a leitura dos dados coletados para aferir o grau de poluição existente nos céus de Ponta Grossa. Os dados coletados nas duas estações instaladas pelo "ProAr" serão posteriormente transmitidos à Universidade Federal do Paraná, que vai divulgá-los através de seus canais próprios. O Colégio Marista também divulgará o resultado da pesquisa na sua página na Internet.
O município de Ponta Grossa, que teve dois grandes ciclos de industrialização, um na década de 70 e outro no fim dos anos 90, nunca teve a qualidade do seu ar monitorada.