O procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, deve ser reunir na tarde desta quarta-feira com um dos proprietários e o advogado da empresa Araupel, de Curitiba. A empresa é dona de uma área no noroeste do Estado invadida em janeiro de 1999 pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Por conta de um pedido da empresa, o Superior Tribunal de Justiça determinou intervenção federal do Paraná na semana passada. O motivo da intervenção é que o Estado não cumpriu um mandado judicial de reintegração de posse concedido à empresa ainda em 1999, durante o governo Jaime Lerner.
O procurador vai pedir o fim da ação indenizatória que a empresa moveu contra o governo estadual na 2ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.
Os proprietários querem ressarcimento pelos quatro anos em que não puderam utilizar a área de 15 mil hectares por causa da invasão do MST, em 1999. Cerca de 800 pessoas estariam ocupando a área atualmente.
Para Lacerda, existem formas pacíficas de desocupar a área. Segundo ele, o Incra já teria desapropriado a área para fins de reforma agrária.