Paraná

Promotoria faz megaoperação caça-níquel no Estado

28 abr 2003 às 09:02

A Promotoria de Investigações Criminais (PIC) pretende apreender todas as máquinas caça-níqueis do Estado. Uma megaoperação para apreender os equipamentos será discutida nesta segunda-feira, na PIC.

De acordo com o promotor Luiz Fernando Delazari, a operação de interdição dessas máquinas com o fechamento dos bingos será estendida para bares e lanchonetes. Ele estima que pelo menos 5 mil máquinas estão operando de forma ilegal no Paraná.


A ação do Ministério Público (MP) também está fundamentada na lei de contravenções penais, a mesma que embasou a operação de lacração dos bingos. De acordo com o artigo 50 dessa lei, as atividades das máquinas caça-níqueis são ilegais, disse o promotor.


Na reunião, estarão presentes representantes das polícias Civil e Militar, que darão respaldo à ação do MP. Delazari descartou ingerências políticas no trabalho do MP em enquadrar na lei de contravenções penais os jogos, que segundo ele ''estão operando de forma ilegal''.


De acordo com o promotor, desde novembro do ano passado a PIC decidiu combater os jogos ilegais no Estado, mas só agora está tendo o apoio das polícias. ''É inviável uma operação dessa envergadura sem a ação da polícia'', justificou.


A afirmação foi uma resposta a acusação do advogado Luiz Fernando Pereira, do Sindibingo, que afirmou que o MP está ''executando as determinações do governador Roberto Requião, sem se ater à legislação vigente''.


De acordo com denúncias em poder do MP, os bingos e caça-níqueis são utilizados para a demarcação de território de atuação do crime organizado e para lavagem de dinheiro.

O Ministério Público de Mato Grosso, afirma que há ligações entre o principal contraventor daquele estado, o Comendador Arcanjo e o doleiro Alberto Youssef, do Paraná.


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