Paraná

Projeto vai recuperar rio que abastece Ibiporã

21 fev 2003 às 18:19

A Secretaria do Meio Ambiente de Ibiporã, Promotoria do Meio Ambiente e Instituto Ambiental do Paraná iniciou nesta sexta-feira o projeto de recuperação do Rio Jacutinga, responsável pelo abastecimento de água da cidade. O projeto Jacutinga irá recuperar 15 km de mata ciliar desde a Samae, empresa de água e esgoto da cidade, até a divisa com Londrina.

Para iniciar o projeto foi montado um curso de treinamento e capacitação dos agricultores para o reflorestamento e a importância da mata ciliar. Duas turmas de 60 proprietários que têm terras no trecho a ser recuperado estão sendo orientados sobre o projeto. Em uma primeira etapa eles estão aprendendo a importância da preservação da mata ciliar e também como fazê-la. Numa segunda etapa irão fazer o plantio.


O diretor da Meio Ambiente, Amauri Bianchini, informou que as mudas, de espécies nativas, serão fornecidas pela Cibacap. consórcio intermunicipal da represa capivara. ''O Cibacap é o gestor das ações para amenizar o impacto ambiental da represa, por isso estamos trabalhando em parceria. Eles doaram as mudas nativas que serão distribuídas aos agricultores'', explicou.


Segundo Bianchini, os principais objetivos do projeto são a recuperação da mata ciliar e da qualidade da água, a educação ambiental do produtor e o monitoramento do plantio da mata. ''Precisamos do envolvimento de todos para a recuperação do meio ambiente. Pretendemos que também os muncípios de Londrina e Cambé façam a recuperação do Jacutinga'', afirmou. O rio nasce em Cambé e passa por Londrina. A prefeitura de Ibiporã vai fazer uma audiência pública para apresentar o projeto e irá convidar as outras prefeituras.


O secretário informou que os valores da recuperação ainda não foram finalizados, mas acredita que serão gastos cerca de R$ 300 mil nos próximos quatros anos. Ele disse que a partir de 2,5 anos a mata poderá ser monitorada com menos frequência e ''se pode deixar a natureza fazer o trabalho''. Uma mata leva em média 60 anos para se recuperar.

Lindolfo Vanuqui Cotrin é um dos agricultores convocados pela promotoria para participar do projeto. A propriedade dele tem entre 10 e 15 metros de mata ciliar, mas este total é insuficiente, a lei determina que são 30 metros de mata ciliar. ''Estamos aprendendo a importância da preservação do solo e principalmente da água. Tem que ter uma interação dos proprietários para que o rio possa ser preservado'', disse.


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