O projeto "Explorando a Economia do Conhecimento no Brasil, China e Índia: a trajetória de três indústrias de software", lançado nesta segunda-feira em Curitiba, pretende mapear a indústria de software no País, para compará-la e trocar experiências com as de China e Índia.
A pesquisadora Alice Amsden, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das coordenadoras internacionais do projeto, acredita que China, Índia e Brasil estão entre os países emergentes com mais potencial para liderar a indústria de software no mundo. "Este potencial ainda pode ser melhor explorado. Esperamos que a pesquisa dê subsídios para que os três países troquem experiências e se desenvolvam ainda mais nesta área", afirmou Alice na palestra que fez em Curitiba nesta segunda-feira.
O projeto terá enfoque em quatro pontos principais: integração entre hardware e software, dimensionamento das empresas atuantes, convivência de capital nacional e estrangeiro no mercado, e nichos lucrativos no mercado.
"Nós aprendemos muito com a pesquisa na China e na Índia, onde percebemos uma indústria desenvolvida, mas com diferentes características", disse Ted Tschang, pesquisador do Asian Development Bank Institute. "Esperamos encontrar no Brasil um terceiro modelo e compartilhar os conhecimentos, trazendo questões interessantes para os três países."
O projeto é uma parceria da Sociedade Softex, organização não-governamental voltada à tecnologia, com o W-Class Programa Paraná Classe Mundial em Tecnologia da Informação e Comunicação. A escolha de Curitiba para sediar o evento se deve ao fato de o Paraná ser um dos maiores pólos de produção de softwares no Brasil, com cerca de 800 empresas.
O coordenador nacional do projeto será Giancarlo Stefanuto, da Softex. "Será uma oportunidade de intercâmbio que facilitará o desenvolvimento do setor no Brasil", explicou.