Paraná

Professores quase brigam em passeata por reajuste

19 ago 2003 às 17:25

A passeata de professores da rede estadual de ensino em direção ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, quase terminou em briga na manhã desta terça-feira, em Curitiba.

A princípio, a passeata reivindicava reajuste salarial, mas o tumulto foi causado por divergências quanto à reforma da Previdência.


Os professores saíram da Praça Santos Andrade em direção ao Centro Cívico. Quando passavam em frente à Praça 19 de Dezembro - a "praça do homem nu" -, perceberam a presença de dois manifestantes com faixas favoráveis à reforma da Previdência e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contrariando todos os outros, que protestavam contra a reforma.


De acordo com a rádio CBN, o encontro deu início a uma discussão. Os professores supostamente favoráveis à reforma tiveram seus cartazes rasgados e por pouco não se envolveram em briga com os outros manifestantes. A confusão só teminou com a intervenção dos professores que não participavam da discussão.


O presidente da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), José Lemos, disse que a passeata era "contra a reforma" e que os favoráveis a ela "deveriam encontrar outro lugar para se manifestarem". Lemos também disse que eles teriam sido enviados ao protesto por políticos.


Um dos professores favoráveis, Márcio Repper, por sua vez, chamou os representantes da APP-Sindicato de "sindicalistas profissionais". Repper, que disse à CBN que é professor no Colégio Estadual Alfredo Parodi, em Curitiba, criticou a brutalidade com que a manifestação dele foi reprimida.


Um dos principais motivos da passeata e da paralisação dos professores estaduais desta terça-feira é a correção salarial. A categoria pede reajuste de 91%. Anteriormente, o governo do Estado havia apresentado proposta de abono, que não agradou a categoria.

Representantes dos professores se reuniram com o governador em exercício, Orlando Pessuti. Não houve acordo, já que o governo manteve as mesmas propostas e prometeu reajustes somente depois de um crescimento na arredacação do Estado.


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