Paraná

Professores decidem aderir a greve

17 ago 2001 às 12:14
Em assembléias realizadas no final da tarde de ontem, professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) decidiram que vão aderir à paralisação nacional. O funcionalismo cobra do governo federal a resposição salarial de 75,48%, índice acumulado da inflação desde o início do Plano Real, em junho de 1994, além da garantia de estabilidade no emprego.
Servidores da Justiça Federal em Curitiba soltaram ontem cerca de dois mil balões pretos com a frase ''O Brasil está de Luto''. Pelo segundo dia consecutivo, a categoria fez uma paralisação de advertência que durou duas horas.
O presidente do sindicato da categoria no Estado, Pedro Manoel dos Santos Neto, criticou a falta de perspectivas do governo em conceder a reposição de 75,48%. Os servidores distribuíram uma carta aberta à população, em que relatam as dificuldades financeiras causadas pela falta de reajuste salarial há sete anos.
"O que o governo federal vem fazendo não é justo nem moral. A reposição está prevista na Constituição e já foi ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas a política do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) é regida pela batuta do FMI (Fundo Monetário Internacional), que é insensível aos interesses do povo", afirmou Santos Neto. O sindicalista disse que a proposta de aderir à greve nacional será discutida hoje, a partir das 19h30 no Hotel Presidente (área central), em Curitiba.
Durante todo o dia de hoje, servidores da Justiça do Trabalho promovem na Capital um protesto pelos sete anos sem reajuste. Eles vão distribuir adesivos, tarjas pretas e uma carta para expor a situação de penúria dos trabalhadores no ambiente de trabalho, além dos reflexos causados pela falta de reposição do índide inflacionário acumulado desde 1994.

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