A Procuradoria Geral de Justiça designou nesta terça-feir que todos os promotores da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) passem a acompanhar as investigações sobre a atução da quadrilha carioca de traficantes de drogas que vinha lavando dinheiro no Paraná.
A quadrilha pertence à facção Amigos dos Amigos (ADA), uma dissidência do Terceiro Comando que, por sua vez, é a principal concorrente do Comando Vermelho (CV), do traficante Beira-Mar.
As investigações sobre a atuação da quadrilha envolvem as polícias do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo o delegado Ricardo Wilke, da Polinter do Rio, o dinheiro obtido com o tráfico de drogas no Rio era investido em atividades lícitas no Paraná e em São Paulo. Dessa forma, a quadrilha ''lavava'' o dinheiro.
No Paraná, a lavagem era feita por Robson dos Santos Oliveira, irmão do traficante Ubiratan dos Santos Oliveira, que utilizava também o nome falso de Antônio Cláudio de Almeida.
A polícia já descobriu que foram lavados no Estado pelo menos R$ 2 milhões.
Entre os bens que a quadrilha possui no Estado estão um posto de combustível e um apartamento em Curitiba, imóveis no Litoral e uma lancha ancorada em Guaratuba.
As polícias dos três estados formaram uma força-tarefa para aprofundar as investigações e devem pedir a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos.