O presídio de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, foi interditado pela Justiça na última segunda-feira (22) e não pode mais receber presos. A decisão foi assinada pelo juiz Antônio Acir Hrycyna, da Vara de Execuções Penais do município. O motivo seria a superlotação constatada dentro do presídio.
Até o final de setembro de 2012, segundo informações da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju), o presídio contava com 498 pessoas, quase o triplo da capacidade do local (172 vagas). Do total de pessoas no presídio, 158 homens e nove mulheres já foram condenados (sendo 16 homens e uma mulher no regime semi-aberto) e já deveriam ter sido transferidos para penitenciárias.
A Seju informou que, com a determinação judicial, na terça-feira (23) foram transferidos 30 presos para a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa. Pela manhã desta quarta-feira (24), outros 60 também foram retirados do local e levados para a Casa de Custódia de Piraquara, o antigo Centro de Triagem II, na Região Metropolitana de Curitiba.
Ainda na tarde desta quarta, mais dez condenados do regime semi-aberto serão transferidos para uma unidade prisional da cidade. Até o final da semana, a secretaria pretende transferir outros 70 presos.
De acordo com a Seju, até fevereiro de 2013, 35 unidades da Secretaria de Segurança (Sesp) vão passar para o controle da Seju, dentro elas o presídio interditado de Ponta Grossa. Será feita, de acordo com a secretaria, uma rápida reforma e no local só ficará o número necessário de presos.