Paraná

Prefeitura de Curitiba acaba com pagamento em dinheiro em 62 linhas de ônibus da capital

10 jul 2014 às 17:02

A 25 dias do prazo dado pela Justiça do Trabalho para acabar com a dupla função de motoristas que também têm de atuar como cobradores em 62 linhas de ônibus do sistema de transporte público em Curitiba, a Urbanização de Curitiba S/A, autarquia municipal que gere o sistema, tomou uma medida drástica: a partir de 1º de agosto, passageiros destas linhas não poderão mais pagar a passagem usando dinheiro. O pagamento será feito exclusivamente com o cartão transporte. Para isso, também a partir desta data, bancas de revista passarão a fazer recarga dos cartões e a vender cartões avulsos para os usuários.

Segundo a prefeitura municipal de Curitiba, os estudos para a universalização do cartão transporte foram iniciados no começo do ano passado, com o objetivo de ampliar o uso do cartão, hoje utilizado por 55% dos 1,1 milhão de passageiros pagantes por dia. "A universalização do cartão representa segurança para usuários e trabalhadores do sistema, na medida em que reduz o volume de dinheiro nos ônibus, terminais e estações, diminui custos de operação e traz mais comodidade ao usuário, que não precisa se preocupar com o troco – o que também agiliza a operação", sustenta a Urbs.


Além da recarga e venda de cartões avulsos nas bancas de revista, serão abertos, já na próxima segunda-feira, três novos postos de emissão do cartão transporte recarregável: nos terminais Cabral e Santa Felicidade e na Rua Nestor de Castro, nos fundos da Praça Tiradentes, que se somarão aos postos já existentes: na sede da Urbs, na Rodoferroviária e nas Ruas da Cidadania da Matriz (Praça Rui Barbosa); Boqueirão, Boa Vista, Pinheirinho e Fazendinha.


As 62 linhas que operam sem cobrador são linhas convencionais (que ligam bairros, sem parada em terminais) e alimentadoras (que ligam bairros aos terminais), que operam com um total de 150 ônibus. A medida visa a redução custos operacionais, ao evitar investimentos na adaptação dos 150 ônibus que hoje operam sem cobrador. A colocação de catracas e postos de trabalho para cobradores custaria em torno de R$ 2 milhões, além de quase R$ 1,5 milhão mensais com salários. No total, essas linhas transportam por dia 70 mil passageiros pagantes e 60% deles já pagam a tarifa com o cartão transporte. Por viagem, são 26 passageiros e, destes, dez pagam em dinheiro.

Ao contrário do cartão transporte usuário, que é gratuito, o cartão transporte avulso vai custar R$ 3,00 e poderá ser carregado até o limite de 25 créditos, nas bancas de jornal. O cartão usuário também poderá ser recarregado nas bancas, até o limite de 220 créditos. A tarifa domingueira também poderá ser paga pelo cartão transporte a partir do dia 1°.


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