A Prefeitura de Cambé, por meio da Secretaria de Saúde, está programando uma sequência de mutirões de limpeza aos sábados, com início já no dia 20 de novembro, para diminuir possíveis focos do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypt).
No total, vão ser cinco mutirões divididos pelas áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde, começando pelas regiões com maior quantidade de focos do mosquito, de acordo com o último Liraa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypt) de outubro deste ano.
Neste sábado (20), o mutirão vai percorrer as vias do Cristal e da Vila Guarani das 7h30 às 14h. Os moradores da região vão poder deixar objetos que possam acumular água em frente às casas, como vasos, tanques, pneus, latões, galões, móveis velhos.
Outros materiais, como entulhos (restos de construção), madeiras e galhos de árvores não vão ser recolhidos pelos caminhões. A Secretaria de Saúde frisa que as pessoas devem deixar esses materiais nas calçadas antes do horário, preferencialmente nesta sexta-feira à noite.
O mutirão continua no dia 04 de dezembro no Jardim Ana Rosa e Cambé IV; no dia 11 de dezembro na região central e no Cambé II; e no dia 18 de dezembro nas vias do Jardim Santo Amaro, Jardim Silvino e Jardim São Paulo.
De acordo com os dados disponibilizados pelo LIRAa, entre os dias 18 e 23 de outubro, a cidade de Cambé apresentou um Índice Predial de 1%. A porcentagem indica que, estatisticamente, 6.282 imóveis provavelmente possuem criadouros ativos do mosquito da dengue.
De acordo com o manual divulgado pelo Ministério da Saúde, o índice da cidade de Cambé está classificado como de médio risco ou como sinal de alerta.
Na cidade, os bairros com maior porcentagem de focos do mosquito da dengue são: Residencial Nossa Terra (13,63%); Conjunto Habitacional Dr. José dos Santos Rocha (7,4%); Conjunto Habitacional Euthimio Casarotto 4,87%; Vila Brasil (3,22%); Cristal (2,7%); e Vila Guarani (2,08%). Segundo informações da Secretaria de Saúde, a prioridade dos mutirões vai ser acompanhar os bairros com maior risco epidemiológico.
Anderson Marquini, responsável pelo Departamento de Vigilância em Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde, explica que o índice Liraa está subindo na cidade, indicando que mais locais estão com focos do mosquito. “E isso acontece principalmente porque estamos entrando na época propícia para o mosquito, com muita chuva e calor”, esclarece.