A Prefeitura de Curitiba acredita que, em 2003 poderá iniciar as obras para construção do metrô de superfície na capital. A expectativa é do prefeito Cássio Taniguchi, que confirmou informação publicada pela Folha. Em reunião em Brasília, na quinta-feira, a prefeitura fechou acordo com os ministérios do Planejamento, da Fazenda e dos Transportes para viabilizar as obras.
"Nós só estávamos esperando a confirmação da reunião do Ministério dos Transportes aprovando o projeto para divulgar o acordo", disse. Na próxima semana, o Conselho de Financiamentos Exteriores (Cofiex), ligado ao Ministério, reúne-se para oficializar o projeto. Em seguida, envia carta ao órgão financiador internacional, avaliando o empréstimo. Taniguchi apenas retificou o valor do empréstimo que não seria de R$ 398 milhões, e sim de R$ 350 milhões, a serem pagos em duas etapas.
Segundo o prefeito, o financimento deve ser feito através do banco japonês JBIC. Já no início do ano a prefeitura começa as negociações com o governo japonês, o que deve levar cerca de seis meses. Depois será aberto o processo de licitação para os serviços.
Na reunião em Brasília, Taniguchi foi acompanhado do presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc) Luiz Hayakawa, do presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs) Fric Kerin, e dos deputados federais Abelardo Lupion (PFL) e Ricardo Barros (PPB). Na ocasião, todos os estudos técnicos, econômicos e financeiros que garantem a viabilidade do metrô foram entregues ao governo federal.
O metrô cortará Curitiba de norte a sul, passando pelo trecho urbano da BR-116. Além da estação central, que ficará na antiga Estação ferroviária, haverá outras 20 estações e três linhas. Taniguchi disse que a prefeitura descartou a possibilidade de implantar outras alternativas de transporte que, apesar de mais baratas, são mais complicadas.
Um projeto apresentado pela oposição, que prevê implantação do transporte em canaletas pela BR-116, segundo ele, exigiria "muitas transposições", e como a "BR-116 já está um caos, optamos pelo transporte elevado", disse.