Paraná

PR lidera alta de acidentes entre os Estados em 2002

16 jan 2003 às 19:17

O número de acidentes nas rodovias federais que cortam o Paraná, em 2002, aumentou 51,61% em relação ao ano anterior. De acordo com o balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, foi o maior crescimento proporcional registrado entre todos os estados brasileiros. Em 2001, aconteceram 5.243 acidentes. No ano passado, esse número pulou para 7.949.

Em todos os 60 mil quilômetros de rodovias federais brasileiras, o número de acidentes aumentou em 6,15%. Em 2001, foram registrados 102.576 acidentes, enquanto em 2002 aconteceram 108.881 acidentes. O crescimento no número de mortes nas estradas federais foi de 7,92%, passando de 5.710, em 2001, para 6.162, no ano passado. Nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará e Amapá houve queda nos acidentes.


As principais causas, tanto em 2001 como em 2002, segundo a Polícia Rodoviária Federal, foram a falta de atenção dos motoristas e o excesso de velocidade. Só este gerou a aplicação de mais de 76 mil multas em 2002.


Os números divulgados pela Polícia Rodoviária Federal chamaram a atenção, mas em nota oficial encaminhada nesta quinta-feira para justificar a violência no trânsito brasileiro, a assessoria de imprensa comunicou que ''embora os números de acidentes e acidentados sejam consideráveis, não existem parâmetros de cálculo definidos que determinem a realidade de acréscimo e diminuição dos números''. Se for considerado, por exemplo, o número de veículos em trânsito, na comparação entre 2001 e 2002, fica caracterizada redução proporcional dos acidentes em 1,9%.


A assessoria justifica, ainda, que no caso do Paraná, até 2001 as estatísticas consideravam apenas os acidentes com vítimas. No ano passado, passou-se a incluir todos os acidentes ocorridos nas rodovias federais.


Segundo a assessoria de imprensa, a partir deste ano, será implementado um sistema informatizado, que passa a considerar a maioria das variáveis como expansão da rede viária, número de veículos em circulação, número de condutores recém habilitados e efetividade do policiamento. Com esse sistema será possível avaliar melhor o resultado das variações.

*Leia mais sobre o assunto na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina


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