O jornalista Anderson Leandro, de 38 anos, desapareceu na quarta-feira (10) depois de ter saído da Quem TV, produtora onde trabalha, e ido para Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. A família afirma acreditar que o sumiço possa ter motivação política. Leandro atua em movimentos populares e, por isso, há a suspeita dos parentes de que ele tenha sido sequestrado.
A Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC) informa crer na hipótese de crime passional. Entidades ligadas ao terceiro setor que acompanham o caso pediram a entrada do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na investigação, assim como da unidade especial Tigre, grupo de elite da Polícia Civil.
De acordo com pessoas próximas a Leandro, ele possui um "grande acervo de imagens políticas e cenas de conflitos ligado às pressões dos movimentos populares". Leandro vestia camisa azul e calça jeans e dirigia um carro Renault Kangoo, placas AON-8615. No relato de familiares ao blog Lado B, o jornalista avisou o filho, por volta das 12h30, que faria um orçamento de trabalho em Quatro Barras e retornaria para casa. Aproximadamente às 20h30, o garoto (cuja identidade é mantida em sigilo) comunicou à mãe o desaparecimento do pai. As buscas começaram na madrugada de quinta-feira (11) e, na sexta-feira (12), a família pediu, por meio de liminar, ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná a quebra do sigilo telefônico do celular e dos aparelhos fixos de Leandro.
Ainda na sexta-feira a DVC recebeu o relatório sobre o sigilo, mas mantém segredo a respeito do conteúdo. A única informação repassada foi o registro de uma ligação da região de Campina Grande do Sul, cidade vizinha a Quatro Barras, e outras dos bairros Parolin e Tarumã, na capital paranaense.