O total arrecadado pela Receita Federal este ano, nos estados do Paraná e de Santa Catarina, em mercadorias contrabandeadas deve ultrapassar US$ 250 milhões. Se for considerado o valor de venda no mercado, pode chegar a US$ 600 milhões, segundo estimativa do superintendente da Receita Federal na 9ª Região, Luiz Bernardi.
De janeiro a novembro foram apreendidos US$ 184,95 milhões em mercadorias, contra US$ 173,79 milhões em igual período do ano passado, um aumento de 6,42%. "Esses resultados só são possíveis devido ao trabalho de parceria entre instituições federais, estaduais e um apoio que não tínhamos, do [Poder Público] municipal", disse o superintendente à Agência Brasil.
Segundo o superintendente, só a Receita Federal na 9ª Região – que compreende os estados do Paraná e de Santa Catarina – realizou este ano 946 operações de repressão aos ilícitos aduaneiros. O trabalho será intensificado e o número deve aumentar para 1,1 mil até o final do ano.
No total, 970 pessoas foram presas por contrabando e descaminho este ano. "Devemos chegar até o final de dezembro com 4,7 mil veículos apreendidos, um total recorde", acrescentou Bernardi.
Em relação a 2009, houve um aumento de 194,43% nas apreensões de crack. No ano passado, o total chegou a 42 quilos e em 2010 já foram apreendidos 124 quilos da droga.
O maior volume apreendido no ano passado foi de cocaína, somando 3,7 toneladas. Este ano foram apreendidos até agora 48 quilos da droga.
Campanhas de conscientização como o Programa Nacional de Educação Fiscal e criação de núcleos municipais de educação fiscal têm ajudado a informar a população sobre os prejuízos da pirataria, segundo o superintendente.
"Temos que desmistificar que isso é trabalho de amador. O narcotráfico gera emprego, o contrabando emprega muitas pessoas, a pirataria gera empregos, só que com a morte de muitos inocentes", destacou Bernardi.