A PR-445, uma das principais vias de acesso ao Norte do Paraná e hoje sob a responsabilidade do Estado, poderá ser federalizada, ou seja, passar ao domínio do governo federal. O projeto, de autoria do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB) foi aprovado no meio do ano na Câmara dos Deputados. A federalização foi a forma encontrada pelo parlamentar para viabilizar a duplicação da rodovia com recursos federais uma vez que o governo do Estado não dispõe de dinheiro para executar a obra.
Para se tornar concreta, a federalização da PR-445 precisa ser aprovada também pelo Senado. A votação, entretanto, foi adiada por tempo indeterminado, a pedido do próprio autor. ''Como ganhamos a eleição (no Paraná) vamos avaliar agora qual será a decisão do novo governo com relação a federalizar ou não a rodovia; o governador (eleito) vai decidir se o projeto segue tramitando no Senado ou se o Estado faz os investimentos necessários'', disse Hauly.
Em passagem por Londrina na última sexta-feira, em companhia do candidato à presidente José Serra (PSDB), Beto não quis entrar em detalhes sobre uma possível mudança, mas garantiu que o assunto será estudado. ''Sei o quanto esta rodovia traz insegurança para os usuários e sei que é uma prioridade para Londrina. Nós vamos nos esforçar para revitalizar a rodovia e, se possível, fazer a sua duplicação.''
A PR-445, que liga o Estado de São Paulo na divisa de Primeiro de Maio à BR-376 (Rodovia do Café) em Mauá da Serra, tem 152 quilômetros de extensão, corta o município de Londrina no sentido Norte-Sul e é uma das principais vias de acesso para quem procede do interior paulista ou Sul do Paraná. Outra rodovia importante para a região é a BR-369, de domínio federal.
Promessa de campanha
A elaboração de um Plano Rodoviário Estadual é uma das promessas de campanha do governador eleito Beto Richa em relação a obras de infraestrutura no Estado. De acordo com o programa de governo, ''a prioridade será ampliar a malha rodoviária e adequar as rodovias do Paraná que não foram projetadas para as características físicas dos veículos atuais''. E acrescenta que ''o plano será adotado levando em conta o fluxo de cargas, redução de custos e de tempo, e a eliminação de gargalos para escoamento da produção''. Não há nenhuma referência específica sobre a PR-445.