O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, quer fazer do Porto Barão de Teffé, em Antonina, a mais nova alternativa para cruzeiros marítimos no Brasil. A idéia é transformar o terminal em um atracadouro seguro e viável para acolher turistas dispostos a conhecer as belezas naturais do Litoral e todo o Paraná e, ainda, a aquecer a economia local.
O projeto receberá um investimento inicial de cerca de R$ 12 milhões a serem aplicados na estruturação do receptivo de turistas e na infra-estrutura da cidade para receber os passageiros.
O assunto foi discutido pelo dirigente portuário numa recepção ao presidente e ao vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas Marítimas (Abremar), Eduardo Vampré do Nascimento e René Hermann, que também é diretor da Costa Cruzeiros, empresa italiana, que atua há 60 anos no Brasil e chega a transportar cerca de 78 mil passageiros nas três embarcações que representa.
Estrutura - A estrutura para atrair os turistas foi apontada pelo presidente da Abremar, Eduardo Vampré do Nascimento, como primordial para a abertura do mercado de cruzeiros no Paraná. "Antonina tem um perfil mais turístico e esperamos que possamos incluir o Paraná no roteiro dos nossos navios. A costa brasileira tem poucas baías e a do Paraná é uma forte candidata para convencermos as companhias que compõem a Abremar a parar no Paraná", revelou Nascimento.
Segundo o presidente da Abremar, um passageiro de cruzeiro marítimo chega a gastar entre US$ 140 e US$ 150 por dia em restaurantes, lojas e outros atrativos. No entanto, sem alternativas turísticas, a média chega a US$ 30. "Temos que ter estrutura para encantar os turistas", disse Nascimento.
Estimativas da Abremar afirmam que o mercado de cruzeiros terá um crescimento de 20% em relação ao ano passado. Neste ano, a expectativa é que 400 mil passageiros embarquem nos cruzeiros da costa brasileira. São estes números que incentivam a administração portuária a apostar no terminal "Barão de Teffé" como ponto de atracação de transatlânticos.
"É muito importante estarmos aqui hoje porque precisamos de portos novos para mostrar aos nossos passageiros. Atualmente, estamos restritos a cerca de 10 portos e no Paraná ainda não temos uma opção. Podemos analisar esta possibilidade para a temporada de 2008 e 2009 e incluir Antonina no roteiro. Nós precisamos de novos destinos e esta só pode ser uma boa parceria", comentou o vice-presidente da Abremar, René Hermann.