Os policiais civis do estado do Paraná realizam nesta quinta-feira (20) uma paralisação com o intuito de chamar a atenção para os problemas da Polícia Civil do estado. Segundo o presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), André Luiz Gutierrez, cerca de 70% das delegacias de todo o estado aderiram ao movimento.
A paralisação foi deflagrada em assembleias da classe em todo o Paraná. Entre a pauta de reivindicações está a questão carcerária, ou seja, a retirada dos presos das delegacias, direitos trabalhistas e a questão salarial. "Apesar de ser carreira de nível superior, nós ainda continuamos recebendo salário de nível de segundo grau. A exemplo do valor inicial do agente penitenciário, que é de segundo grau, nós ganhamos R$ 100 a mais no inicial de investigador de polícia", comenta Gutierrez.
Além dessas reivindicações, a classe também deseja um novo estatuto. Conforme o presidente do Sindicato o atual é "completamente defasado", já que é uma lei de 32 anos. Segundo ele, esse estatuto precisa se adequar às regras e às questões jurídicas atuais. Os policiais também pedem a contração de profissionais aprovados em um concurso de 2009.
"A gente quer o aumento do efetivo desde muito tempo. A gente quer a retirada dos presos das delegacias desde muito tempo. Então essas são situações que comprometem o desempenho da Polícia Civil, então elas são sempre prioridade nas nossas reivindicações", diz. Nas 24 horas de paralisação da Polícia Civil no Paraná, a orientação para os policiais é que sejam atendidos apenas casos de homicídios e flagrante delito.
Ainda de acordo com presidente do Sinclapol, a classe realizou ontem uma reunião com o governador Beto Richa que determinou o atendimento de todos os direitos trabalhistas da classe, também a retirada de todos os presos das delegacias de Curitiba, a elaboração de um cronograma para a retirada dos presos de todas as delegacias do estado e o trabalho junto a Secretaria da Administração e Previdência (Seap) para tratar da questão salarial.
"De qualquer forma, como essa manifestação, essa movimentação, foi determinada por Assembleia Geral, nós teremos hoje a assembleia, a movimentação aqui na Praça Nossa Senhora de Salete. Nós teremos uma assembleia e iremos repassar essas propostas, essas determinações que o governador fez aos seus secretários para que a categoria decida o rumo da movimentação", completou.
A concentração dos policiais civis ocorre a partir do meio dia na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu, e a assembleia será realizada pelos profissionais às 14 horas.