Paraná

Policiamento será reforçado nas divisas do Paraná

02 dez 2010 às 22:51

As estradas paranaenses, nas divisas com São Paulo e Mato Grosso do Sul, terão policiamento reforçado com a união das forças policiais. Essa é uma das ações preventivas, estipuladas pela Secretaria da Segurança Pública, para evitar que bandidos cariocas migrem para o Paraná. "Iremos monitorar placas de outros estados e seremos muito rigorosos.", destacou o secretário da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa.

O secretário convocou, na manhã desta quinta-feira (2), reunião em seu gabinete com o diretor-geral da Secretaria, delegado Valmir Soccio, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, e o delegado-geral da Polícia Civil, Jorge Azôr Pinto. Na reunião foram definidas as diretrizes a serem seguidas a partir das discussões feitas na reunião extraordinária do Colégio Nacional de Secretários Estaduais de Segurança Pública (Consesp), em Brasília, na quarta-feira (1).


ALERTA – "Discutimos as medidas preventivas com relação aos acontecimentos ocorridos no Rio de Janeiro. Todos os organismos policiais estão em alerta e um trabalho de inteligência esta sendo desenvolvido para traçar as diretrizes que vão nortear os trabalhos dos órgãos ligados à segurança pública", explicou o secretário Serpa.


De acordo com o secretário, foram estipuladas ações de segurança pública, tomando como base as medidas decididas na reunião em Brasília. "Haverá mais fiscalização nas estradas e nas fronteiras do Paraná com São Paulo, Mato Grosso e Paraguai. A integração entre todos os órgãos da segurança pública vai garantir o reforço do policiamento no Estado".


PREPARO – O secretário disse ainda que caso alguma quadrilha de traficantes do Rio chegue ao Paraná, a polícia está preparada. "O Estado está bem-estruturado, o crime organizado não prospera aqui. Contudo, não acredito que o Paraná seja o destino preferido desses traficantes devido ao nosso histórico de combate ao crime organizado, e também pela distância do Rio de Janeiro" afirmou.


A Companhia de Fronteira (Ciafron), da Polícia Militar, que fiscaliza as fronteiras do Estado, juntamente com os núcleos da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil vão estar a postos e integrados com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança.


BRASÍLIA – Quarta-feira (1), Serpa participou da reunião extraordinária do Colégio Nacional de Secretários Estaduais de Segurança Pública (Consesp), em Brasília. Medidas para evitar a migração de marginais do Rio de Janeiro para outros estados e o reforço no policiamento nas fronteiras foram os principais temas discutidos.


O encontro foi na sede da Subsecretaria de Operações de Segurança Pública do Distrito Federal. Também ficou definido que o Consesp irá pedir informações para a Agência Nacional de Inteligência (Abin) e para a Polícia Federal sobre possíveis traficantes que podem tentar fugir do Rio de Janeiro.


Segundo o secretário Serpa, para impedir que os traficantes fujam para o Paraná, será feito um reforço no policiamento nas fronteiras com os estados vizinhos. "A reunião foi produtiva, houve deliberações que interessam a todos os estados para avaliar os possíveis desdobramentos dos acontecimentos no Rio de Janeiro. Medidas de ordem estratégica e operacional nas fronteiras já estão em andamento. Sem drogas, armas e ajuda de familiares, esses traficantes não obterão base e não terão como manter domicílio em outros estados", afirmou.


CARTA – Uma carta foi elaborada com as principais decisões tomadas pelos secretários. Ficou definido o apoio total e irrestrito às operações da Secretaria Estadual da Segurança Pública do Rio de Janeiro na retomada de territórios tradicionalmente ocupados por facções criminosas.


O Programa Nacional de Fronteiras (PFRON) será fortalecido e transformado em política pública permanente, integrando, assim, os 11 estados fronteiriços com as ações das polícias estadual, federal e as forças armadas.


Outra decisão tomada durante a reunião é o de promover um debate profundo que reveja a atual legislação penal e processual penal brasileira. No final, o Colégio indica a imediata integração das informações dos sistemas de inteligência dos estados e da União, priorizando os investimentos necessários ao bom desenvolvimento dessa atividade.

Nova reunião sob a coordenação do presidente do Consesp, Gustavo Ferraz Gominho, para continuar com as discussões acontecerá na próxima semana, no Rio de Janeiro.


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