Os policiais civis do Paraná negociam nesta quinta-feira com o governo do Estado um reajuste salarial para a categoria e a isonomia entre os profissionais que recebem o Tide (Tempo Integral e Dedicação Exclusiva). A reunião foi marcada após a paralisação dos policiais no Estado ocorrida há um mês e que terminou com a garantia de o governo de se chegar a um acordo. Caso ele não aconteça o Sindicato das Classes Policiais do Paraná (Sinclapol) se prepara para outra greve.
Na terça-feira, os policiais militares também se reuniram com o secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, e obtiveram do governo uma resposta que os policiais civis também podem ter hoje. Segundo o secretário, a Lei de Responsabilidade Fiscal impede qualquer tipo de reajuste ou aumento para o funcionalismo.
"A Lei tem sido a nossa maior dificuldade, ela é muito rígida, mas poderemos discutir um cronograma com alternativas para chegarmos a um consenso", disse o secretário.
Para o presidente do Sinclapol, Luis Bordenowski, caso as reivindicações não sejam atendidas poderá ocorrer um movimento conjunto entre as duas polícias. "As dificuldades dos profissionais são as mesmas e não podemos ficar sem fazer nada caso as promessas do governo estadual não sejam cumpridas. Além disso há um descaso com a segurança visível, pois os criminosos estão melhor aparelhados que nós", concluiu.
Para o secretário, havia a possibilidade de um reajuste neste ano, mas a não privatização da Copel adiou essa discussão para 2001.