A Delegacia de Maldonado, em Punta del Este, no Uruguai, liberou na noite de domingo o empresário curitibano Fúlvio Martins Pinto e o médico Nabih Zac Zac (que mora no Rio de Janeiro). Eles foram detidos na noite de sexta-feira para a apuração da morte da curitibana Marinete Alves Duarte, 37 anos, que caiu do 17º andar do Hotel Conrad, um dos mais luxuosos da região.
Ela caiu pela janela do quarto e o corpo foi encontrado ao lado da piscina. As investigações feitas no final de semana levaram a polícia a concluir que ela teria caído acidentalmente, depois de ter sido flagrada pelo empresário (com quem era casada legalmente) na suíte do médico carioca. ""Ela tentou fugir do flagrante. É o que tudo indica"", afirmou o vice-cônsul do Brasil em Montevidéu, Carlos Marques.
De acordo com os dados colhidos pela polícia uruguaia e pelo juiz penal Daniel Tapié, Fúlvio Martins Pinto teria ligado para Marinete na tarde de sexta-feira e avisado que chegaria mais tarde porque tinha perdido US$ 15 mil no jogo e iria voltar após recuperar o dinheiro. Ela teria aproveitado a ausência do marido para se encontrar com o amante. Fúlvio teria chegado no apartamento do casal, no 11º andar, e percebido a ausência dela. Foi aí que ele descobriu, com funcionários do hotel, onde ela estava.
O empresário foi ouvido e liberado. Ele terá que voltar a se apresentar à Justiça em 180 dias. Fúlvio Martins Pinto terá que responder processo por invasão de domicílio. Afonso Alves Duarte, irmão de Marinete, deverá estar hoje, às 10 horas, no Consulado do Brasil para apresentar a documentação necessária para a liberação do corpo. São necessários certidão de óbito emitida por autoridade local, com parecer de um médico legista sobre causa da morte e autorização uruguaia para a saída do corpo do País. ""Agora são apenas problemas burocráticos"", considerou o cônsul.