Paraná

Polícia apreende mais 18 caça-níqueis na região de Curitiba

27 set 2001 às 17:50

Mais 18 máquinas caça-níqueis foram apreendidas por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) na região metropolitana de Curitiba. Os equipamentos estavam em bares e outros estabelecimentos comerciais, nos municípios de Almirante Tamandaré, Colombo e Rio Branco do Sul.

Todas as máquinas, segundo o delegado Artur Luiz Zanon, estavam em funcionamento e em locais de acesso ao público, contrariando o decreto governamental 4.955/01 -baixado na última segunda-feira- que proíbe a exploração desse tipo de jogo no Estado.


As moedas que estavam no interior dos equipamentos também foram apreendidas. A polícia não soube precisar os valores, apenas afirmou que o montante variava de R$ 350,00 a R$ 500,00 de uma máquina para outra.


Zanon disse que houve certa resistência por parte dos proprietários que alegaram ter autorização judicial para manter as máquinas funcionando. O delegado, no entanto, garantiu que todos os caça-níqueis apreendidos não têm liminar, pois não foram submetidos à perícia técnica. "Se não foram periciados não podem ser objeto de proteção de liminar", destacou. Segundo ele, como cada equipamento tem uma regulagem distinta, todos terão que ser periciados pelo Instituto de Criminalística.


Por enquanto, os donos não estão sendo punidos por estarem com as máquinas ainda em funcionamento. Depois de concluída a perícia, os laudos serão encaminhados à Justiça. "O maior impacto não é o criminal, é no bolso", afirmou Zanon, lembrando que os caças-níqueis custam entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.


A operação de apreensão dos caça-níqueis, informou o delegado, deverá ser temporariamente suspensa a partir de hoje porque, segundo ele, "já surtiu o efeito esperado". "A praça está limpa. Varremos Colombo e só encontramos quatro equipamentos", afirmou.

Na quarta-feira, o Cope apreendeu 16 caça-níqueis em Curitiba, que estavam na sede da Curitiba Diversões Eletrônicas, e cinco em Rio Branco do Sul. Os proprietários da empresa, segundo o advogado Paulo César Gradela Filho, reuniriam-se para discutir qual será a postura com relação à "arbitrariedade da polícia", que arrombou as instalações da empresa para retirar os equipamentos.


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