Paraná

PF e Receita Federal desmontam esquema de fraudes no PR

17 out 2012 às 09:14

A Polícia Federal (PF) em Maringá, em ação conjunta com a Receita Federal, realiza nesta quarta-feira (17) a fase ostensiva da Operação "Laranja Mecânica". O objetivo é desarticular uma grande organização criminosa, sediada na cidade, dedicada à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Cerca de 200 policiais federais e 100 servidores da RF participam da ação. Eles dão cumprimento, desde as primeiras horas da manhã, a 44 mandados de busca e apreensão e 35 para condução coercitiva de investigados, expedidos pela Justiça Federal.


Além de Maringá, a operação acontece nas cidades de Curitiba, São Paulo, Iguatemi (MS), Sidrolândia (MS) e Caxias do Sul (RS). Entre as medidas já autorizadas pela Justiça Federal está o bloqueio de mais de 150 veículos e de duas aeronaves utilizadas pela organização investigada.


A PF apurou que, durante as investigações, iniciadas em 2008, integrantes de uma família maringaense constituíram diversas empresas, no ramo de autopeças, utilizando-se de interpostas pessoas, ou "laranjas", para se desvincularem das pessoas jurídicas. "Assim, incorreram em gigantesca sonegação fiscal e, à vista de qualquer ação fiscalizadora, prontamente abandonavam as empresas à responsabilidade dos referidos ‘laranjas’", afirma nota da corporação.


Foi verificada a existência de uma rede de aproximadamente 400 empresas, com utilização de 500 "laranjas", em diferentes estados da Federação.
A apuração realizada pela Receita Federal indicou sonegação fiscal já constituída da ordem de R$ 150 de milhões, cifra que pode quintuplicar em razão das autuações fiscais realizadas nesta data, no curso do cumprimento dos mandados. Nos últimos cinco anos, foi contabilizada uma movimentação financeira, pela organização criminosa, de 1,5 bilhão de reais.

Para viabilizar o acesso dos órgãos fiscalizadores, foi solicitado pela Polícia Federal e deferido pela Justiça Federal, por meio de sua 3ª Vara Criminal Federal em Curitiba – especializada em delitos contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro – o bloqueio de bens imóveis e móveis da quadrilha, aí incluídas as duas aeronaves de grande valor, utilizadas por membros da família investigada.


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