Paraná

PF deflagra segunda fase de operação contra fraudes em bolsas na UFPR

03 mar 2017 às 10:41

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 3, a segunda fase da Operação Research, investigação que mira em desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná. A primeira fase foi deflagrada em 15 de fevereiro. O alvo eram repasses irregulares de recursos mediante pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a instituição entre 2013 e 2016.

Em nota, a PF informou que na etapa desta sexta-feira o foco da investigação "é a prisão do núcleo de pessoas que agia com o objetivo de desviar recursos públicos, a título de bolsas, da Universidade Federal, em conluio com duas servidoras públicas da Universidade Federal do Paraná, que foram presas preventivamente na primeira fase".


Cerca de 50 Policiais Federais e servidores do Tribunal de Contas da União e Controladoria-Geral da União cumprem 19 mandados judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão, cinco de prisão temporária e oito de condução coercitiva nas cidades de Curitiba (PR), Campo Grande(MS), Sorocaba (SP) e Erechim (RS).


Nesta fase também estão sendo cumpridos mandados de condução coercitiva contra outros três supostos bolsistas, antes desconhecidos da investigação, dentre outros envolvidos no esquema. O nome da operação é uma referência ao objetivo central das bolsas concedidas pela unidade, destinada a estudos e pesquisas (research, em inglês) pelos contemplados.


Nota
Em nota enviada pela assessoria de comunicação, a Universidade Federal do Paraná reitera seu compromisso com a transparência e com a elucidação dos fatos. "Neste sentido, a UFPR está confiante de que as responsabilidades serão apuradas, sempre resguardando as garantias e direitos individuais previstos em nossa Constituição, como o direito de defesa e a presunção de inocência. É de nosso interesse que as investigações avancem, permitindo que a verba desviada retorne o mais rápido possível ao erário público", diz o documento.

(Atualizada às 15h35)


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