A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Funerárias da Câmara Municipal de Curitiba deverá iniciar seus trabalhos na semana que vem. Ela foi instalada no mês de setembro, mas por causa do resultado das urnas alguns parlamentares desistiram de continuar na comissão.
Foram os casos de Carlos Bortoletto (PFL) e Jonatas Pirkiel (PSDB). Ontem, foram confirmados para as vagas os vereadores Julieta Reis (PFL) e Paulo Salamuni (PMDB). Também integram a comissão: Natálio Stica (PT), Luis Ernesto (PSDB), Jorge Bernardi (PDT), Jairo Marcelino (PSB), José Roberto Sandoval (PPB), Paulo Frote (PSC) e Jair Cezar (PTB).
O vereador Natálio Stica - que presidiu a Comissão Especial de Investigação (CEI) que começou a investigar o assunto- disse que dois motivos atrapalharam o início dos trabalhos. A eleição municipal e o fato de alguns vereadores que integravam a comissão não terem sido reeleitos.
"A vantagem que temos é que os trabalhos estavam quase todos fechados. Apenas transformamos a CEI em CPI para ouvirmos quem não quis comparecer por convite às nossas sessões", declarou ele, ao lembrar que o ex-diretor do Serviço Funerário Municipal, Paulo Polati, faltou no dia em que deveria prestar esclarecimento à comissão e não justificou a ausência.
A CPI das Funerárias investiga a suposta cartelização do setor funerário em Curitiba e pretende elaborar propostas para melhorar o serviço. "Vamos fazer uma nova legislação neste sentido. A tendência é democratizar o atendimento em Curitiba", afirmou o vereador petista.
A primeira reunião da CPI deverá acontecer na próxima semana, para instalação dos trabalhos. O primeiro que será convocado para depor é Paulo Polati, acusado pelos vereadores de estabelecer pedágios e implantar normas que favoreciam as empresas funerárias de Curitiba.