A indústria de laticínios Parmalat escolheu os laboratórios oficiais do Paraná para fazer as análises de qualidade do leite que será distribuído para todo o Brasil.
O anúncio foi feito nesta terça-feira, no Palácio das Araucárias, depois que o presidente do Conselho da Parmalat no Brasil, Marcus Elias, se encontrou com o governador Roberto Requião e o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini.
A Parmalat fará as análises de qualidade do leite nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública do Paraná (Lacen), vinculado à Secretaria da Saúde, e Marcos Enrietti, vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
A Parmalat processa atualmente dois milhões de litros de leite por dia, totalizando 60 milhões de litros no mês. Segundo Elias, a empresa quer aperfeiçoar a qualidade do leite colocado no mercado onde é uma das líderes segundo o Instituto Nielsen, que realiza pesquisa de mercado no país.
A iniciativa da empresa é uma resposta aos incidentes com o leite ocorridos em Minas Gerais, que provocaram profunda preocupação na população, disse o secretário Valter Bianchini. Segundo ele, a empresa se colocou à disposição para firmar parceria com o governo estadual para equipar ainda mais os laboratórios oficiais do Estado, já reconhecidos nacionalmente pela sua eficiência.
Na avaliação de Bianchini, a Parmalat escolheu o Paraná para centralizar as análises de qualidade do leite que será distribuído em todo o País em função das ações já executadas no Estado para zelar pela qualidade do leite produzido.
Segundo o secretário, atualmente cerca de 200 laticínios, inclusive aqueles que fornecem leite para o programa Leite das Crianças, fazem análise do produto em laboratórios.
Paralelamente, o Governo do Paraná abriu linha de crédito para compra de resfriadores, o que ampliou a aplicação de tecnologia para retirada do leite na propriedade. A Vigilância Sanitária intensificou a vacinação contra doenças do gado como brucelose e tuberculose, iniciativa que resulta na qualidade do leite, disse o secretário. "Agora o Paraná vai intensificar ainda mais essas ações", afirmou.
Leia na Folha:
>> Adulteração provoca queda de 10% no consumo do leite longa vida
AEN