Até o final do ano, o Paraná vai usar uma nova vacina no tratamento anti-rábico humano. Importada da França e envasada no Instituto Butantã, em São Paulo, a nova vacina confere maior imunidade ao paciente, com menos efeitos colaterais. "Antes, nos casos de reação grave, ministrávamos 13 doses. Com a mudança, serão necessárias apenas cinco", explica Paulo Guerra, coordenador do Programa de Raiva da secretaria estadual de Saúde.
No momento, segundo Guerra, a secretaria prepara um treinamento para médicos e enfermeiros dos municípios e regionais de saúde. O curso vai familiarizar os profissionais com o esquema terapêutico da nova vacina e será ministrado por técnicos da secretaria, que foram capacitados em Brasília, no mês de julho.
A campanha anti-rábica canina/felina vacinou, este ano, 187 mil animais nos 62 municípios paranaenses que fazem divisa com os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraguai. Os principais sintomas do animal infectado são alteração de comportamento (o animal se torna agressivo atacando o próprio dono e outros animais), salivação abundante, dificuldade para engolir, mudança de hábitos alimentares e paralisa das patas traseiras.
"Sempre que uma pessoa for mordida ou arranhada por um cão", alerta Guerra, "deve lavar imediatamente o local do ferimento com água corrente e sabão e procurar atendimento médico. Caso necessário, deve iniciar a vacinação preventiva para a que a raiva não se manifeste."
Os principais sintomas da raiva no homem são dores de cabeça e comportamento nervoso. A doença não tem cura e causa a morte em até 20 dias.