Um convênio assinado pelo ministro interino da Ciência e Tecnologia, Carlos Américo Pacheco, na quinta-feira à noite, em Curitiba, coloca o Paraná como referência nacional para estudos do biodiesel. Além disso, o Estado torna-se um centro propulsor de um programa de tecnologia para incentivar projetos que utilizem combustíveis renováveis no País.
Segundo o secretário da Ciência e Tecnologia, Ramiro Wahrhaftig, o convênio será colocado em prática com a formação de uma rede de laboratórios e instituições de ensino superior coordenada pelo Instituto de Tecnlogia do Paraná (Tecpar). Também farão parte programa o Centro de Integração Tecnológica do Paraná, a Universidade Federal do Paraná, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná e o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento.
O presidente do Tecpar, Mauro Nagashima, informou que o instituto possui não só laboratórios como técnicos e equipamentos especializados para a propulsão do programa. Ele lembra que em Curitiba 20 ônibus já usam biodiesel no transporte coletivo. "É um combustível que contém 8% de álcool anidro e 2,6% de um aditivo denominado AEP-102, que é um derivado do óleo de soja adicionados ao óleo diesel", explicou.
Para o Paraná, o uso do biodiesel traz outras vantagens específicas, já que o Estado é o segundo maior produtor de álcool e de soja, componentes importantes para a produção de combustíveis renováveis. "Com essas condições, o Estado ganhará também na geração de empregos", disse o coordenador técnico do programa de biocombustíveis do Tecpar, José Carlos Laurindo.