Paraná

Paraná é o estado com mais mortes de brancos no Brasil

29 nov 2012 às 15:35

O Paraná é o estado brasileiro com o maior índice de homicídios de brancos. Dados divulgados nesta quinta-feira (29) no Mapa da Violência 2012 - a cor dos homicídios no Brasil, mostram ainda que o estado apresentou número de mortes de negros acima de outras unidades da federação com população negra maior.

Os dados mais recentes referem-se às taxas de homicídios do ano de 2010. Naquele ano, as mortes violentas de brancos foram de 39,3 para cada 100 mil habitantes, bem a frente de Rondônia, que, com 25,8 mortes por 100 mil moradores, ficou em segundo lugar. Os outros estados da Região Sul também registraram índices bastante menores: Rio Grande do Sul com 18 por 100 mil e Santa Catarina com 12,6 por 100 mil.


Negros – Enquanto isso, o índice de mortes de negros foi de 22,6 para 100 mil. O estado onde morrem mais negros é Alagoas, com uma elevada taxa de homicídios de 80,5 negros mortos para cada 100 mil habitantes.


Vale lembrar que o Paraná é o estado com uma das menores populações negras do País - a terceira menor, sendo 28% de pessoas que se declaram pretas ou pardas – que compõe os negros - segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).


Mesmo com o índice baixo em relação ao primeiro colocado (o estado ficou com o quinto menor índice de mortes de negros), no Paraná, em 2010, morreram mais negros do que em estados com população preta e parda maior. O estado ficou a frente de São Paulo (35% de negros), Acre (72% de negros) e Piauí (73%).


Porém, ambos os grupos raciais apresentaram elevação entre os anos de 2002 e 2010 quanto aos homicídios. Neste caso, a maior alta foi das mortes entre negros. Enquanto as mortes violentas de brancos cresceu 61,7% no período, os homicídios contra negros teve aumento de 68%. Em 2010, segundo o Mapa da Violência, foram mortos de forma violenta 2.879 brancos e 672 negros.

A pesquisa foi divulgada pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos (Cebela), pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) e pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidencia da República (SEPPIR). (atualizado às 16h09 de sexta-feira (30))


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