Projeto ainda está no papel
O governo estadual deve quase R$ 2 bilhões ao banco Itaú. O rombo é em virtude da multa da Secretaria do Tesouro Nacional, aplicada desde dezembro de 2004, que começou em R$ 130 mil e chegou a R$ 6,3 milhões.
A dívida passou a ser cobrada depois que o governo anunciou o fim do acordo com o banco Itaú, que comprou o Banestado, até então dono da cartela dos servidores estaduais. Uma das garantias dadas ao banco ainda na gestão de Jaime Lerner era ações da Copel. O governo estadual questiona essa multa judicialmente. Para o governador Roberto Requião (PMDB), esse valor é um 'assalto'. "Eles passaram a corrigir o saldo devedor pela taxa Selic, o que dá aumento da dívia em R$ 950 milhões. É uma verdadeira loucura, o que vai inviabilizar o estado do Paraná. Agora o banco Itaú tenta cobrar essa garantia de ações da Copel. Eles já até apresentaram uma engenharia financeira para que a Copel aumente o seu capital em R$ 4 bilhões e pague o que o Estado não deve", reclamou.
Requião clamou ajuda de outras personalidades públicas para ajudar nesta causa. "Estou nessa briga a cada dia. Onde estão os senadores do Paraná, onde estão os deputados federais, a OAB, os jornais que têm compromisso com o Estado, onde operam e trabalham? O Estado está sendo inviabilizado. Não estou pedindo favor ao governo federal, estou pedindo que aplique a lei, que deixe de penalizar o governo do Paraná", afirmou (com rádio CBN Curitiba).