O Paraná confirmou mais 22.222 casos de dengue no boletim epidemiológico publicado nesta terça-feira (19) segundo a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). Trata-se do maior número de confirmações deste período epidemiológico iniciado em 30 de julho de 2023 - o total é de 113.194. O informe semanal traz ainda 11 novos óbitos, ocorridos entre os dias 21 de dezembro e 6 de março, o que leva ao número total a 60.
Este é o 28º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa. O boletim registrou 263.077 notificações. Dos 399 municípios, 345 apresentaram casos autóctones, quando a doença é contraída localmente.
As regionais de saúde com mais casos confirmados são a de Apucarana (19.664), Cascavel (15.238), Francisco Beltrão (11.440), Londrina (10.501) e Maringá (9.258). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (12.819), Londrina (8.055), Cascavel (6.651), Maringá (5.043) e Paranavaí (3.554).
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As 11 mortes deste informe são de pessoas entre 14 e 89 anos, cinco delas sem comorbidades. Quatro óbitos ocorreram na Regional de Londrina, no município de Londrina; quatro ocorreram na Regional de Apucarana, sendo três no município de Apucarana e um em Jandaia do Sul; e Chopinzinho, Toledo e Cianorte registraram um óbito cada.
Chikungunya
O novo boletim confirmou três novos casos de chikungunya, um total de 91. Do total de casos, 57 são autóctones. Há, ainda, 335 casos em investigação e 864 notificações. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 82 notificações.
Sintomas
A Sesa alerta para os sintomas da dengue: febre, cefaleia, fraqueza (adinamia), mialgias (dor muscular), dor nas articulações (artralgia) e a dor retro-orbitária.
A dengue é dividida em três fases clínicas (febril, crítica e de recuperação): a fase febril ocorre nos primeiros três dias do início dos sintomas; a crítica ocorre após o terceiro dia, com a diminuição da febre e poderão surgir os sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosa); e a fase de recuperação ocorre aproximadamente no sexto dia evoluindo com progressiva melhora clínica.
Prevenção
Prevenir é a melhor forma de evitar a dengue, a zika e achikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito. A maior parte dos focos está nos domicílios, por isso algumas ações da população são tão importantes no enfrentamento à doença:
- Não deixar água parada para eliminar os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve para evitar a procriação.
- Não acumular água em pratos de vasos de plantas. Colocar areia até a borda do prato.
- Não juntar vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, embalagem plástica e de vidro, copo descartável) e guardar garrafas vazias de cabeça para baixo.
- Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza. Caso precise mantê-los, guarde em local coberto.
- Deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada.
- Limpar frequentemente as calhas e a laje das casas.
- Manter a água da piscina sempre tratada com cloro e limpar uma vez por semana.
- Preservar o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas.
- Não jogar lixo em terrenos baldios, construções e praças.
- Permitir sempre o acesso do agente de combate a endemias na residência ou estabelecimento comercial. Ele sempre estará identificado com crachá e uniforme.