Os pais de três jovens presos, há quase um mês, acusados de participar de um assalto a um mercado, no bairro Santa Cândida, em Curitiba (PR), pediram ajuda de parlamentares para tirar os filhos da cadeia. Eles alegam que a prisão dos rapazes (Silas de Almeida, 20 anos, Éderson de Miranda Rosa dos Santos e um adolescente de 17 anos) foi arbitrária e injusta.
Os deputados José Domingos Scarpelini (PSB) - presidente da Comissão de Direitos Humanos na Assembléia Legislativa -, Tadeu Veneri (PT) e Elza Correia (PMDB) visitaram nesta quinta-feira (25) as unidades onde os três estão detidos. Segundo Scarpelini, os parlamentares ajudarão a reunir testemunhas e documentos que comprovem a inocência dos rapazes. A carta e um abaixo-assinado que buscam atestar a inocência dos jovens foi entregue, também, à seccional paranaense da OAB, à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e à Ouvidoria do Estado.
José Donizetti Viana, que lidera o movimento em favor da libertação dos rapazes, assegurou que os três nunca tiveram passagem pela polícia. Eles estariam fazendo ginástica no Parque Atuba no momento do assalto e teriam sido confundidos com assaltantes, pois um deles vestia uma camiseta da mesma cor que a de um dos criminosos. Segundo ele, nenhum dos três foi reconhecido pelas vítimas.
O assalto aconteceu em 27 de dezembro. Na ocasião, o policial militar Luiz Carlos Anísio, 32, que estava no mercado, teria tentado evitar o crime, trocou tiros e acabou morrendo. Um dos assaltantes também foi morto no tiroteio.
A Sesp informou, por meio da assessoria de imprensa, que os três teriam sido presos em flagrante, reconhecidos pelos funcionários do mercado, que o inquérito foi concluído no dia 4 deste mês e que o caso já está sob alçada da Secretaria de Estado da Justiça. A secretaria informou, ainda, que, havendo denúncia formal sobre a prisão, irá investigar.