O Centro Operacional dos Correios do Paraná foi transferido para o quartel-general do Exército, no bairro Pinheirinho, na capital paranaense. De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, funcionários que não aderiram ao movimento de paralisação estão realizando todo o trabalho automatizado, principalmente a distribuição das correspondências. Com este plano estratégico, segundo a assessoria, por enquanto a população do estado não sentirá os efeitos da greve deflagrada nesta quarta-feira (12) à noite pela categoria, em todo o país.
Num primeiro levantamento realizado pela empresa, cerca de 50% dos 6 mil funcionários do estado não estão trabalhando hoje (13). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a paralisação atinge 80% do funcionalismo das 360 agências do estado e vai comprometer a entrega de 1,8 milhão correspondências simples, 60 mil registradas, e 30 mil encomendas tipo Sedex.
De acordo com o Sintcom, o balanço parcial mostra que dos 34 sindicatos da categoria, 28 entraram em greve inclusive São Paulo e Rio de Janeiro. Dos 26 estados brasileiros, apenas quatro ainda não deram início à paralisação: Minas Gerais, Espírito Santo, Sergipe e Mato Grosso do Sul.
A categoria reivindica R$ 200 de aumento real linear, além da reposição das perdas salariais que, acumuladas desde 1994, totalizam 47,77% e rejeitaram por unanimidade a proposta feita pela direção dos Correios, que ofereceu um reajuste de 3,74%, R$ 50 de aumento real a partir de janeiro de 2008 e um abono de R$ 400, parcelado em duas vezes.
De acordo com o secretário-geral do Sintcom-PR, Nilson Rodrigues dos Santos, a greve acontece dois meses após esgotadas todas as tentativas de negociação com a empresa, que apresentou uma contraproposta aos funcionários, considerada "inaceitável". Até agora, os Correios não comentaram detalhes sobre uma possível negociação com a greve.