Projeto ainda está no papel
Apesar de ter começado oficialmente hoje, a Operação Verão Paranaense 2001 ainda não saiu do papel por falta de estrutura. Os policiais do litoral do Paraná estão com medo de ficar sem homens para atender os veranistas no começo desta temporada. É que ainda não se sabe ao certo a data da chegada do reforço de policiais militares e civis, principalmente dos bombeiros, que devem fazer a guarda nas praias.
A assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu informou que durante toda a semana policiais e bombeiros desceram para o litoral.
Dois policiais do Corpo de Bombeiros do Paraná, que não querem ser identificados, garatiram que apenas cinco dos 32 postos de salva-vidas espalhados pelas praias do Paraná estão ocupados. "E com apenas um homem quando deveríamos ter dois". Os policiais explicam que não receberam ainda uma confirmação oficial da data de chegada do reforço prometido pelo governo.
A informação do governo é que devem chegar às praias, para trabalhar no período do Natal, 120 policiais rodoviários, 180 salva vidas e cerca de 200 policiais militares - que contarão com vinte viaturas e 25 motocicletas. A partir do dia 27, está prevista a descida de todo efetivo que vai atender os veranistas, incluindo no período do Ano Novo. Serão 1600 homens no total, entre bombeiros e policiais militares. Cerca de 80% ficará no litoral e o restante se divide entre a Costa Oeste e a Costa Norte.
Além dos problemas de estrutura, falta clareza nas informações. Tanto nas delegacias quanto nos batalhões do Corpo de Bombeiros os policiais se contradizem nas datas do começo da Operação Verão 2001. Na delegacia de Ipanema - onde fica a central de atendimento de todos os balneários de Pontal do Paraná - um policial informou que a operação começaria no próximo dia 27. Nos outros locais ninguém soube informar a data correta.
A operação - que vai até o dia 4 de março - envolve a ação de 14 secretarias e consumirá R$ 15 milhões em investimentos. A coordenação está nas mãos do secretário de Comunicação, Rafael Greca.
Leia mais em reportagem de Clarissa Bergonzi, na Folha do paraná deste sábado