A polícia de Londrina impediu que a Associação Londrinense Interdisciplinar de Aids (Alia) fizesse a troca gratuita de seringas e agulhas descartáveis de usuários de drogas em toda a cidade. A intenção da Alia era orientar os usuários sobre os riscos de doenças transmissíveis a que eles estão expostos.
Essa orientação faz parte do projeto de Redução de Danos, que começou a ser implantando pela Alia no começo deste ano. O projeto é financiado pelo Ministério da Saúde, coordenação regional do Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST-Aids) e Unesco.
O delegado-adjunto da 10ª Subdivisão Policial (SDP) de Londrina, Jurandir Gonçalves André, disse que indeferiu o pedido de autorização para a troca porque a lei proíbe. ""Qualquer auxílio ao uso de entorpecente é proibido. Se insistirem em fornecer este tipo de material, responderão por crime de tráfico de entorpecentes"", afirmou.
Para André, traficante não é só quem vende droga. ""Pela lei, quem induz, instiga, auxilia ou contribui de alguma maneira para que alguém use entorpecente é traficante. E a pena é de 3 a 15 anos de prisão"", afirmou.
* Leia mais em reportagem de Telma Elorza e Maranúbia Barbosa na edição desta quinta-feira na Folha de Londrina/Folha do Paraná