Paraná

Óleo vegetal derrubado em acidente pode atingir o Rio Nhundiaquara

21 mai 2003 às 09:04

O Rio Nhundiaquara, em Morretes, deverá ser atingido pela mancha de óleo vegetal resultante do acidente ocorrido na manhã de segunda-feira .

Um caminhão tombou na rodovia BR-277, km 44, proveniente de Ponta Grossa, e derramou 37 mil litros de óleo no Rio da Serra, afluente do Rio do Pinto. Técnicos do IAP estão monitorando a situação.


O rompimento dos dois tanques do caminhão ocasionou o vazamento.


Os 3 mil litros restantes ficaram contidos no caminhão.


Praticamente todo o volume atingiu, em poucos minutos, o Rio da Serra, localizado cerca de 150 metros da pista, em declive.


Técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), estiveram novamente no local do acidente, nesta terça-feira.


Pela demora na execução da limpeza dos rios, a JJM Transportes Rodoviários, empresa de Ponta Grossa responsável pelo transporte da carga, e a Ecovia, concessionária da rodovia, receberam uma advertência pela manhã.


Os trabalhos começaram a ser agilizados no período da tarde.


O IAP está fazendo o monitoramento do local para evitar estragos nas margens dos rios e determinou a disponibilização de bombas de sucção, tambores com conexão para separação do óleo da água, e também de mantas (espumas) para colocação nos leitos dos rios atingidos.


Os resíduos de óleo devem ser encaminhados ao Serviço de Atendimento ao Usuário da Ecovia, que também foi orientada a retirar a parte de solo atingida e não enterrar o produto, como havia sido feito.


Até o final da tarde desta terça-feira, técnicos do IAP não haviam observado mortes de peixes nos rios atingidos.


O óleo vegetal não é considerado perigoso mas, em contato com recursos hídricos, pode provocar a morte de animais e plantas por falta de oxigênio, uma vez que dificulta a respiração.


Os principais prejudicados com o acidente são alguns moradores da região que utilizam a água dos rios para consumo, irrigação ou canalização para criadouros de peixes.


Além disso, uma fábrica de farinha de mandioca usa a água no processo produtivo.


No caso do rio Nhundiaquara, não deve haver riscos para o abastecimento de água da região, pois a captação ocorre à montante do rio, ou seja, antes da contaminação.


Nesta terça-feira uma nova coleta foi realizada tanto de solo como da água. Os resultados devem ficar prontos em dez dias.

Apenas a partir do laudo é possível complementar a avaliação sobre os prejuízos ambientais e determinar o valor da multa.


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