O compromisso da Fundação Cultural de transformar Curitiba na capital americana de Cultura começa neste sábado com a abertura oficial da 21.ª Oficina de Música de Curitiba.
Não será tarefa fácil, analisando a atual conjuntura econômica, mas a fundação promete driblar os obstáculos (a maioria ligada à falta de verbas) e garantir uma programação bastante eclética durante o ano do título. Com a oficina, por exemplo, o maior evento musical da cidade, a fundação começa adequando o orçamento, cerca de 45% menor que o previsto, com as atividades pré-agendadas.
O resultado não será sentido na programação, conforme atestam os coordenadores do evento, mas talvez no bolso do público, já que pela primeira vez na história da oficina, os concertos serão cobrados. O preço, no entanto, são menos salgados do que shows habituais: variam de R$ 1,00 mais um quilo de alimento a R$ 5,00.
''O dinheiro será revertido para pagar os custos da oficina. Foi a forma que encontramos para contornar a alta do dólar e das passagens aéreas'', diz a presidente do conselho artístico da oficina, Janete Andrade.
Do custo previsto de R$ 1,8 milhão, duas vezes maior do que no ano passado, a captação de recursos para o primeiro grande evento do ano não alcançou a cifra de R$ 1 milhão. ''Não conseguimos captar o restante'', explica Janete.
O público e os cerca de dois mil alunos que participam da oficina não devem notar as baixas e a cidade deve sentir as (boas) vibrações da música erudita e popular durante os 21 dias do evento. Nesse período, 100 professores de mais de 15 países vão ministrar pouco mais que uma centena de cursos para quase dois mil alunos de todo o País, da América Latina e até da Suíça.
Serão 107 cursos, divididos em duas fases: música erudita (57 cursos) e MPB (50 cursos). Durante os dias da Oficina, professores, tanto da fase erudita como da fase de música popular brasileira, levarão a vários espaços da cidade uma ampla programação de concertos.
* Leia mais sobre a Oficina de Música de Curitiba na edição deste sábado da Folha de Londrina.