O novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Afonso Pena, situado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, completou cinco anos de funcionamento, com números que superaram as expectativas da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
Nestes cinco anos, entre pousos e decolagens, o aeroporto registrou 323 mil movimentos de aeronaves, 10 milhões de passageiros e o transporte de 56 mil toneladas de mercadorias para importação e 7 mil toneladas para exportação.
O número de passageiros e o movimento de aeronaves praticamente dobraram. Em 1996, 1,4 milhão de pessoas passaram pelo aeroporto contra 2,1 milhões no ano passado, e expectativa de alcançar a 2,5 milhões em 2002. Já as decolagens e pousos passaram de 38 mil em 1996 para 61 mil em 2000 e meta de chegar a 70 mil no próximo ano.
O setor que mais cresceu foi a movimentaçao de cargas. Em 1996 o aeroporto registrou o transporte de 5,1 mil toneladas. Só no primeiro semestre deste ano, o movimento já chegou a 9,6 mil toneladas, o que leva a acreditar que o aeroporto deve fechar o ano de 2002 alcançando a meta de transporte de 25 mil toneladas de mercadorias.
O grande desafio agora, segundo o superintendente do aeroporto, João Roberto de Paula, é aumentar o transporte de produtos para exportação. Para isso, ele trabalha com algumas obras prioritárias a serem desenvolvidas nos próximos anos. A principal delas é a construção da terceira pista, aumentando a capacidade operacional do aeroporto para a decolagem de aviões de grande porte. Com a terceira pista, o movimento anual de 70 mil pousos e decolagens de aeronaves e 29 milhões de passageiros passaria para uma capacidade de até 400 mil pousos e decolagens e 45 milhões de passageiros por ano.
Com valor estimado em R$ 95 milhões, não há previsões para o início da obra. "Por enquanto só temos o projeto e os estudos de impacto ambientais já aprovados, mas ainda faltam os recursos", diz. Roberto de Paula acredita que alguma proposta neste sentido possa surgir durante o II Fórum Infraero de Logística para o Desenvolvimento, que será realizado dia 23 de agosto em Curitiba. No evento, voltado a profissionais da área aeroportuária, um dos assuntos em pauta será justamente os investimentos no setor.
Atualmente as duas pistas têm extensão de 2.215 metros, o que limita a decolagem somente para aviões com peso máximo de 110 toneladas. Com isso, um jumbo, por exemplo, não pode decolar com capacidade plena. A terceira pista terá 3,4 mil metros de comprimento. "Com isso, vamos aumentar a autonomia do aeroporto, permitindo a movimentação de aviões com peso de 150 toneladas e autonomia de vôo de até 12 horas", diz o superintendente.
Os vôos internacionais também devem aumentar. Hoje, o aeroporto recebe apenas um vôo de Frankfurt, na Alemanha, que faz escala em São Paulo e desembarca cerca de 35 passageiros em Curitiba. Para atender esta demanda, o aeroporto investiu R$ 4 milhões em melhorias e ampliação da Sala de Desembarque Internacional. A partir deste mês, o setor passa a operar com 3 mil metros quadrados, novos setores de lojas e balcões de check. A superintendência também aguarda propostas de interessados em operar um freeshop no local.