Paraná

NovoMuseu é inaugurado

23 nov 2002 às 10:18

Uma nova fase para a cultura paranaense foi iniciada no final da tarde de ontem. Nem o frio fora de hora conseguiu impedir que o NovoMuseu ganhasse uma inauguração cheia de charme e palavras sentimentais. Com a presença do presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, do criador do projeto, o arquiteto Oscar Niemeyer e autoridades ligadas à cultura, à política, ao planejamento, membros da Conselho Superior da União Internacional de Arquitetos e convidados, finalmente o Paraná ganhou um museu à altura de sua fama de ser um estado de Primeiro Mundo.

A solenidade de inauguração foi simples e durou cerca de uma hora. Nela, falaram apenas o governador Jaime Lerner e o presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao agradecer a todos que colaboraram para executar o projeto de ampliação do Edifício Castello Branco, originalmente construído pelo próprio Niemeyer na década de 60, para ser o Instituto de Educação, o governador salientou a importância dos operários que conseguiram entregar o NovoMuseu num tempo recorde de cinco meses.


O momento mais emocionante da cerimônia aconteceu quando Lerner agradeceu Oscar Niemeyer. Aos 95 anos, ele, que é um dos maiores arquitetos do mundo, recebeu uma grande salva de palmas do público presente. Apesar do frio e da chuva fina que caia atrás de onde estava o palanque, o arquiteto permaneceu o tempo todo em pé, com as mãos nos bolsos, desprezando uma cadeira colocada para que ele sentasse.


O governador também respondeu às críticas recebidas da imprensa sobre o valor gasto na obra. Segundo ele não representou nem dois terços do que foi gasto para ampliar o Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMa.


Ao dirigir-se ao público presente, o presidente FHC deixou claro que não estava dando importância para fatos relacionados a gastos. Para ele, a criação do NovoMuseu representa um avanço na cultura do País. O presidente lembrou também que quer voltar à cidade em que seu pai nasceu depois que acabar o mandato, para recordar do Palácio do Planalto. Ele disse adorar o local onde mora e que vai ficar com saudades não do poder, pois este ele já está cansado, mas sim da beleza do projeto construído por Niemeyer.


O NovoMuseu traz como símbolo um imenso olho de vidro que já de cara impressiona quem chega ao local. Lá dentro a grandiosidade do projeto ganha dimensão ainda maior. Recheado de túneis e espaços amplos, o museu impressionou uma centena de arquitetos que foram vê-lo. Quem teve acesso pôde ver sete exposições. A mais comentada e que ganhou elogio de FHC foi a mexicana. O presidente disse que quando chegou a Brasília pela primeira vez teve a impressão de estar numa cidade asteca.


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