Um aparelho alemão e que possibilita a identificação de bebês recém-nascidos com a captura de impressões digitais poderá ser usado para a identificação de criminosos e para a conferência de assinaturas. O aparelho está sendo testado numa maternidade de Curitiba e será apresentado nos próximos dias para peritos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML). O equipamento é acoplado a um computador multimídia e tem uma câmera de televisão com lentes que podem aumentar a imagem em até 35 vezes.
Na área policial, ele poderia ser usado para localizar criminosos através dos poros das mãos. "Qualquer vestígio da mão do criminoso pode ser identificado com tamanho e dimensão exatos e comparados ao suspeito. A precisão é de 100%", declarou o delegado João Alberto Fiorini de Oliveira, chefe do Serviço de Identificação Criminal do Estado.
Os poros das mãos e dedos são dimensionados através de registros das glândulas sudoríparas. A identificação desta forma é qualificada como superior à da impressão digital. "É uma tecnologia inédita no País", afirmou ele.
O aparelho ainda pode ser usado em operações contra desmanches de carros roubados. Ele é capaz de identificar se o chassi do motor foi adulterado. "Ele é capaz de aumentar o número inscrito e dar imagens tridimensionais. Qualquer adulteração aparece desta forma", salientou. O equipamento também pode substituir os atuais exames de parafina, já que localiza partículas microscópicas de cristais de pólvora na mão de criminoso. Mesmo que ele tenha lavado às mãos após o assassinato.
Para a identificação de bebês, o equipamento foi instalado no Hospital Angelina Caron (em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba) e no Hospital e Maternidade Nossa Senhora do Pillar (em Curitiba). Até agora entre 15 e 20 bebês foram identificados. Nos próximos dias, ele será levado para a Maternidade Nossa Senhora do Rosário.
Leia mais em reportagem de Luciana Pombo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira