Paraná

Nível de emprego cresceu 4% no semestre

01 ago 2003 às 21:08

O Paraná fechou o primeiro semestre de 2003 com um crescimento de 4% no nível de emprego formal. Entre janeiro e junho, foram criados 60 mil postos de trabalho com carteira assinada. Do total, 54 mil vagas foram geradas no Interior do Paraná.

A Região Metropolitana de Curitiba registrou apenas 5,2 mil novas vagas. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), que espera melhora no mercado de trabalho para os próximos meses.


Considerando apenas as vagas criadas no interior, houve crescimento de 6,20% em relação ao primeiro semestre de 2002. As atividades que mais criaram vagas foram a agricultura, indústria de alimentação, comércio varejista e indústria madeireira. ''São todas atividades que estão mais presentes no interior. Por causa do grande volume da safra agrícola, a renda agrícola cresce, impulsionando toda a economia'', afirmou o economista e técnico do Dieese, Cid Cordeiro.


Em todo o País o mercado de trabalho cresceu pouco nas regiões metropolitanas, de acordo com o Dieese. O nível de emprego nacional aumentou 2,51% no semestre. ''Excluindo as regiões metropolitanas e analisando apenas o Interior, o crescimento atinge 3,76%. ''Mas no geral a atividade econômica está com baixo crescimento e gerando poucos empregos'', avaliou Cordeiro.


O cenário econômico prejudicou o mercado de trabalho em junho, segundo Cordeiro. Desde 2000, o Paraná não registrava nível de emprego tão baixo no mês. Mesmo assim, a variação foi positiva: alta de 0,34% em relação a maio, com a geração de 5.229 empregos. O Paraná ocupou o 20º lugar entre os 27 estados na geração de empregos, mas teve o melhor desempenho da região Sul em junho: Santa Catarina cresceu 0,14% e o Rio Grande do Sul apresentou queda de 0,17%.


''Todo o semestre foi caracterizado pela geração de emprego inconstante e aumento do desemprego. Historicamente, os índices eram crescentes de janeiro a maio. Neste ano houve quebra dessa sequência positiva em março e maio'', explicou.

Apesar do primeiro semestre ruim, as perspectivas de Cordeiro são otimistas. ''Se conseguirmos manter a estabilidade do câmbio, a queda das taxas de juros, a desaceleração da inflação, e a reposição salarial para os trabalhadores, deveremos começar a sentir os efeitos positivos dessas medidas em meados de setembro ou outubro'', acrescentou.


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