Paraná

Mulheres de PMs impedem troca de comando em Curitiba

16 mai 2001 às 17:56

Um grupo de 60 mulheres de policiais militares de Curitiba passou a noite em vigília em frente ao portão de entrada do 13º batalhão da Polícia Militar. Elas impediram a saída de qualquer policial ou viatura do batalhão. A manifestação atrapalhou a troca de comando do 13º batalhão, que deveria ter acontecido pela manhã.


Trabalham no batalhão cerca de 350 policiais, responsáveis pela segurança da região sul da cidade. Pelo menos metade deles ficou "presa" no prédio. A outra parte foi impedida pelo comando de voltar ao batalhão.


De acordo com a assessoria do comando geral da PM, policiais da tropa de choque estão fazendo o patrulhamento da região e atendendo as ocorrências.


Também segundo a assessoria do Comando de Policiamento da Capital (CPC), a troca de comando aconteceu no quartel geral da PM. Mas as mulheres, que estavam em frente ao 13º, garantiram que o atual comandante do batalhão, tenente-coronel Neuri Pires de Oliveira, não saiu do prédio. Ele deveria fazer a transferência de comando para o tenente-coronel Davi Pancoti.


Uma das manifestantes, Célia Araujo, disse que as mulheres não pretendem "liberar" a saída dos policiais do 13º batalhão. "Escolhemos começar a manifestação pelo 13º porque esse é um dos maiores batalhões de Curitiba, mas podemos ampliar para outros locais", disse. Segundo Célia, a 3ª Companhia do 13º Batalhão também tinha sido "tomada" pelas manifestantes na tarde de ontem.


A assessoria de imprensa do Comando Geral da PM confirmou que as mulheres tinham acampado em frente a 3ª Companhia, em Curitiba, e também, em Paranaguá, cerca de 30 manifestantes ocuparam a frente do 9º Batalhão.


As mulheres de policiais estão reivindicando o pagamento de gratificação a todos os PMs, o que seria uma espécie de reajuste salarial. "Queremos apenas que o governo pague o que deve aos policiais, porque nós que acompanhamos esses militares chegamos a passar fome e não é justo esse tipo de tratamento", completa.

Leia mais sobre o assunto na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira


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