No momento em que o secretário de Segurança de Estado do Paraná (Sesp), Fernando Francischini (Solidariedade), está sob o risco de perder o cargo e mantém o silêncio, sua mulher, Flávia Francischini decidiu usar a rede social Facebook para sair em defesa do marido. Em um post, que foi apagado horas depois, Flávia faz menções a "homens que não honram as calças" e a "quadrilhas".
Seu marido sofreu severas críticas do comando da Polícia Militar, após jogar as responsabilidades pelo conflito no dia 29 de abril entre a PM e manifestantes, a maioria professores, que deixou 213 manifestantes feridos e 21 policiais, para a cúpula da Corporação.
Em determinado momento, se referiu ao "Chapéu Pensador", local em uma área verde de Curitiba, normalmente usada para reuniões de cúpula e fez críticas indiretas aos políticos. "...um bom político trabalha e age por si só, não depende de homens sujos, covardes, que não honram as calças que vestem e precisam agir sempre em grupo, ou melhor quadrilha", criticou.
A mulher de Francischini, porém, tem cargo de assessora especial da Sanepar com salário aproximado de R$ 16 mil - o que não explicaria sua participação em alguma reunião política -. Flávia já recebeu críticas anteriormente por ter postado fotos suas com a família na Disneylandia, em dia que deveria estar prestando serviços na estatal de saneamento básico.