Dia da Consciência Negra
As rugas do rosto e as costas um pouco curvadas não tiram a disposição de uma pessoa querida por todos que convivem com ela. Antonia Rita de Oliveira, conhecida carinhosamente como "Dona Toninha", completou no último dia 22 (domingo), 100 anos. Chegar ao centenário pode parecer comum, mas no caso dessa mulher, a determinação é um exemplo de vida e coragem.
Nascida no dia 22 de abril de 1907, na cidade de São Roque (Minas Gerais), veio para o Paraná onde construiu uma vida que é resultado de muita força, luta e resistência.
Moradora do Jardim São Silvestre, "Dona Toninha", faz do seu dia-a-dia mais agradável e alegre com atividades normais de uma dona de casa. Considerada raiz da liberdade pela Comunidade Negra de Maringá, "Dona Toninha", já recebeu várias homenagens da sociedade maringaense.
Além de levar uma vida comparada a de uma pessoa jovem, ela ainda vai à escola todas as noites. "Dona Toninha" é aluna da Educação de Jovens e Adultos – EJA. Cuidadosa com seus materiais escolares, ela faz questão de sentar na primeira fileira da sala de aula. As mãos um pouco trêmulas, não a impedem de fazer as atividades com muito capricho. Sua determinação não termina por aí. Ela também freqüenta aulas de informática e já está se familiarizando com o mouse e o teclado.
Em novembro do ano passado (2006), "Dona Toninha" foi homenageada pelos estudantes do EJA, com um exemplar da Revista Maringá Ensina, quando trouxe estampada na capa uma foto dela.
Nesta quinta-feira (26), a partir das 15 horas, no Anfiteatro da Secretaria da Educação, "Dona Toninha" será novamente homenageada por sua força e determinação. Desta vez a iniciativa é das secretarias da Mulher, Assistência Social e Cidadania, Educação e Assessoria da Promoção e Igualdade Racial, no Anfiteatro da Secretaria da Educação.